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Vale e Minerva: distribuição de dividendos à vista

(Foto: Divulgação)

A Vale (VALE3) anunciou na quinta-feira (10/09) a aprovação da distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 2,4507 por ação, sendo R$ 1,410 em dividendos e R$ 0,9973 por ação em JCP. Isso representa um montante de US$ 2,35 bilhões, o que equivale a mais de R$ 12 bilhões com o câmbio no patamar atual de R$ 5,30. O pagamento será realizado em 30 de setembro e data de corte para receber os dividendos para as ações listadas na B3 é dia 21 de setembro e, para as ADR’s (ações listadas em NY), 23 de setembro. As ações serão negociadas como ex-dividendos a partir de 22 de setembro, tanto para o Brasil como nos EUA.

Outra notícia vem da Minerva (BEEF3). O fundo soberano da Arábia Saudita, o Salic, vai exercer o direito de compras de ações emitidas pela Minerva, o que significa uma injeção de R$ 400 milhões no caixa da empresa. O Salic é o maior acionista da Minerva com cerca de 25% de participação e, com a conversão chegará a 34%.

i) Vale (VALE3): O montante de dividendos anunciados representa cerca de 4,11% de retorno em dividendos/JCP no último preço de fechamento (10/set) a R$ 58,53 por ação. Analistas acreditam que a decisão terá um impacto positivo no preço das ações no curto prazo, com o montante sendo superior ao esperado pelo mercado e em meio a incertezas e a questionamentos a respeito de indenizações dos desastres ambientais, mostrando que a companhia está confortável com a sua posição financeira e estrutura de capital atual.

Ainda há perspectivas de forte geração de caixa para os próximos períodos devido ao preço do minério estar nas máximas históricas (ao redor de US$ 125 por tonelada), puxado pela demanda chinesa, e devido ao câmbio permanecer em patamares elevados, favorecendo o fluxo de receita da Vale. Somado a isso, a companhia não prevê grandes investimentos de capital para o próximo ano, o que gera um grande espaço para distribuição de dividendos parrudos para o ano que vem.

ii) Minerva (BEEF3): Ao serem exercidos, os direitos de subscrição (“warrants”) detidos pelo fundo Salic resultam em emissões de novas ações ordinárias da Minerva. Com a emissão entram R$ 400 milhões no caixa da empresa, que vão reduzir sua alavancagem financeira para 2,3 vezes o Ebitda ante as 2,6 vezes no fim de junho de 2020.

Pela política de dividendos da Minerva, caso a empresa termine o ano com relação dívida líquida/Ebitda menor que 2,5 vezes, o montante de dividendo a ser pago salta de 25%, para 50% do lucro líquido.

Com isso, analistas esperam uma reação positiva no curto prazo para as ações da empresa (BEEF3), que continua aproveitando a onda de crescimento de consumo asiático de carne bovina, com preços elevados, margens melhores e câmbio favorável, com boa expectativa da empresa fechar o ano com um lucro líquido recorde e alavancagem reduzida.

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