O dólar acompanha a influência internacional e opera em queda na manhã desta sexta-feira, embora o clima de cautela não tenha se dissipado totalmente nos mercados. Depois de uma sessão de negócios volátil, ontem, os índices futuros das bolsas de Nova York indicam abertura positiva nesta manhã.
No noticiário de conjuntura, destaque para a alta de 2,6% no volume de serviços prestados em julho, na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 3,45%. O intervalo ia de 1,30% a 6,10%. O resultado inferior ao esperado ajuda a reforçar a queda das taxas de juros neste início de dia.
No mercado externo, os juros dos bônus europeus operam em baixa nesta manhã, após o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philipe Lane, dizer hoje no blog da instituição que “não há espaço para complacência” num momento de inflação muito abaixo da meta oficial. Horas depois, a presidente do BCE, Christine Lagarde, seguiu o mesmo tom e afirmou que não pode haver complacência da autoridade monetária ou de governos da União Europeia (UE).
Ainda na Europa, destaque para o Reino Unido, que anunciou ter fechado hoje eu primeiro acordo comercial de livre comércio, depois de se retirar da União Europeia. O acordo foi feito com o Japão.
O pacto, oficializado hoje, foi descrito como “histórico” por Downing Street – o endereço do governo britânico – e prevê um incremento das trocas de 15,2 bilhões de libras esterlinas.
Às 10h09, o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, incluindo euro e libra, tinha baixa de 0,10%.
No Brasil, o dólar à vista era negociado a R$ 5,26734, em baixa de 1,04%.
No mercado futuro, a divisa pra outubro valia R$ 5,2670, em baixa de 1,10%.
A queda está alinhada essencialmente ao exterior, minimizando o desconforto com as declarações do presidente Bolsonaro de que estaria conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para ver uma maneira, dentro “legalidade” para impedir a alta do dólar.
Por Paula Dias
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