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Preço do arroz deve perder sustentação e cair nas próximas semanas, diz Conab

O preço do arroz deve cair no médio prazo em decorrência da busca pelo produto importado, afirmou nesta quinta-feira, 10, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Bastos. Em apresentação dos resultados do 12º e último levantamento da safra 2019/20, divulgado nesta data, ele afirmou: “Historicamente, cotações seguem mais altas no segundo semestre por sazonalidade, porém, como o preço interno já ultrapassa a paridade de importação dos principais mercados produtores, é provável que perca sustentação no médio prazo, pois já há intenso movimento das indústrias de beneficiamento na busca pelo produto no mercado internacional.”

A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação de uma cota de 400 mil toneladas de arroz até o fim do ano contribui para a provável perda de sustentação dos preços, segundo Bastos. “Acreditamos que isenção será precificada pelo mercado no curto prazo, e cotações seguirão tendência de estabilidade com tendência de queda nas próximas semanas.”

Além disso, ele acredita que haverá maior oferta do grão produzido no Brasil. “Mesmo com queda nas cotações, os preços ainda devem se manter remuneradores e trazer margem de lucratividade aos produtores de arroz. Com isso, expectativa é que se estimule aumento da área a ser colhida a partir do início de 2021, invertendo a tendência de queda nos últimos anos.”

A Conab estima que a colheita do próximo ano fique no patamar das 12 milhões de toneladas, um aumento anual de 7,2%.

Cesta básica no ponto máximo

No mês que vem, a instabilidade dos preços de alimentos da cesta básica deve estar menor, projetou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento. “A Conab acompanha com muito empenho a evolução dos preços dos produtos da cesta básica e a evolução do índice de inflação dos produtos alimentícios”, disse ele. “Acreditamos que preços estão no ponto de máxima, e que no próximo levantamento, o cenário já apresente menor instabilidade dos preços.”

Por Augusto Decker

Estadão Conteúdo

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