Press "Enter" to skip to content

Recuperação nas “tech stocks” indica tendência de alta 

(Foto: Divulgação)

Wall Street tem sido sacudida nos primeiros pregões de setembro. Fortes quedas das ações de empresas de tecnologia provocaram uma onda de turbulência nos pregões. Apenas no pregão da terça-feira (8), quando voltava do feriado americano do Dia do Trabalho, o índice Nasdaq amargou uma baixa de 4,1%. Com isso, a queda em setembro ampliou-se para 10%.

Importante observar que a queda do índice Nasdaq, focado em ações de tecnologia, teve uma causa específica: a correção de ações que haviam subido demais, como Amazon, Facebook e Netflix. Também houve o impacto não-recorrente da exclusão das ações da Tesla do índice S&P 500. As ações da fabricante de automóveis de Elon Musk recuaram pouco mais de 21% na terça-feira, o que retirou US$ 80 bilhões em valor de mercado da empresa. É mais do que valem Ford e General Motors – somadas.

No entanto, apesar de um cenário aparentemente tenebroso, é possível entender as causas da queda e as razões para a alta. Amazon, Facebook e Netflix vinham sendo as empresas mais beneficiadas pelas medidas de contenção da pandemia. Com consumidores retidos em casa ou em home office, a tendência é de crescimento das compras on-line, do tempo passado nas redes sociais, ou assistindo filmes e fazendo maratonas de séries.

Agora, as perspectivas de relaxamento das medidas de contenção e da volta de algo mais próximo da situação anterior à pandemia dispararam uma correção nas cotações. Sem esquecer que o cenário de fundo para a alta da bolsa permanece presente. A reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) marcada para os dias 15 e 16 de setembro não deverá trazer nenhuma surpresa, confirmando as inúmeras declarações de que os juros baixos e as medidas de estímulo econômico pela generosa injeção de liquidez vieram para ficar.

Portanto, apesar da baixa acentuada nos pregões da primeira semana de setembro e do tombo de 4,1% no índice Nasdaq ontem, o cenário para o mercado acionário americano permanece sendo de alta, e muitos investidores ao redor do mundo deverão aproveitar o momento de liquidação para ir às compras. Não por acaso, os contratos futuros do índice S&P 500 estão começando o dia com uma alta de quase 1%. E sempre é bom lembrar: apesar de todos os solavancos, o Ibovespa encerrou a terça-feira acima do nível psicológico de 100 mil pontos, mostrando a resiliência das cotações.

Indicadores

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,24% em agosto, abaixo dos 0,36% de julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%. Apesar da desaceleração, foi a maior inflação para um mês de agosto desde 2016. Segundo o IBGE, o item de maior peso foi a gasolina, cuja alta de 3,22 por cento fez os Transportes subirem 0,82 por cento.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desacelerou para 0,36% em agosto ante 0,44% em julho. No ano, o INPC acumula alta de 1,16% e, nos últimos doze meses, de 2,94%.

Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 estão começando o dia com altas significativas, mostrando que o mercado poderá registrar uma recuperação das quedas dos últimos dias.

Be First to Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *