A relação entre Rogério Marinho (PSDB-RN), ministro do Desenvolvimento Regional, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, está em seu pior momento desde o início do governo. Antes secretário especial da Previdência e Trabalho, Marinho chegou a ser aliado de Guedes para promover a articulação política necessária para ter o texto da reforma previdenciária aprovado, em 2019.
No entanto, os desentendimentos entre os dois remetem à mesma época, quando o economista e o ex-deputado federal divergiram sobre o tema da capitalização – que acabou não prosperando. Alguns episódios, como o da MP da Carteira Verde-Amarela, continuaram deixando a corda entre os dois esticada. O ápice do desgaste, porém, vem desde o início da pandemia, logo após Marinho assumir o ministério do Desenvolvimento Regional.
O então novo ministro buscou os militares para disseminar a visão de que o Estado deveria ser reduzido para aumentar o investimento público, não somente para fins de austeridade. Com o advento da pandemia, a pressão aumentou e Marinho, junto a Tarcísio Freitas e Luiz Eduardo Ramos, conseguiu incluir no Orçamento de Guerra a emenda sobre “efeitos sociais e econômicos” da pandemia, a fim de expandir gastos. Desde então, a queda de braço com Paulo Guedes, sobre aumento de gastos, é notória. O ministro da Economia já desautorizou o seu colega de Esplanada em diversas ocasiões, quando foi perguntado sobre a possibilidade, por exemplo, de deixar restos a pagar do Orçamento deste ano para o ano que vem, viabilizando mais investimentos públicos.
A disputa latente entre os ministros é um dos maiores foco de estresse para o mercado no atual governo. Apesar de que, como venho mostrando, Guedes vem vencendo a queda de braço sobre a política econômica, o seu desgaste com Marinho – um ministro muito influente no Congresso e com aliados importantes no Executivo – pode ser um ponto de inflexão para os pouco mais de dois anos restantes ao atual mandato. Será importante redobrar a atenção sobre a influência de ambos no governo.
Para o mercado, pouco deve se sentir enquanto o xadrez político não protagoniza uma jogada mais incisiva, seja para qual lado for. A relação tensa entre Paulo Guedes e Rogério Marinho preocupa, mas não faz preço no pregão de hoje.
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