O presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que a Lei Geral de Proteção de Dados não deve interferir no e-commerce brasileiro. Para ele, deve haver um período de adaptação para aderir a todos os requisitos, mas isso não deve ter impacto nos resultados do setor.
“LGPD não vai ter impacto no e-commerce. Deve haver um pouquinho de dor de cabeça para aderir apenas”, disse, de maneira direta. O CEO defendeu, na transmissão ao vivo promovida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que os Correios ainda têm uma atuação importante no segmento. No Magazine Luiza, essa modalidade de entrega representa cerca de 10% do total. “É mais importante para o ‘parceiro Magalu’ em razão da sua capilaridade”, diz.
Ele pontua que há rotas no País que não são feitas por outros operadores de logística. “Muita gente critica os Correios, mas eles ainda são muito necessários”, afirma. Para ele, as greves de funcionários da empresa não influenciam negativamente o e-commerce. “Temos sempre, e o serviço sempre volta”, diz.
Ele comentou ainda, a pedido do presidente da Springs Global, Josué Gomes da Silva, sobre os produtos têxteis fabricados na China e que são comprados virtualmente no Brasil, o que se chama de ‘cross border’. “Cross border é tendência irrevogável. Há benefício fiscal que acho alto, de até US$ 50”, afirmou.
Em sua visão, esses produtos importados chegam muito competitivos à indústria local, o que não seria justo.
Por Talita Nascimento
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