As bolsas de Nova York registraram baixas nesta terça-feira, 8, piorando na parte da tarde. Novamente, ações de tecnologia lideraram as perdas, com realização de lucros após altas recentes, mas também houve certa cautela entre investidores, com as tensões entre Estados Unidos e China, a falta de acordo por novos estímulos fiscais em Washington e os impactos da covid-19 no radar.
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,25%, em 27.500,89 pontos, o S&P 500 recuou 2,78%, a 3.331,84 pontos, e o Nasdaq caiu 4,11%, a 10.847,69 pontos.
O recuo foi o terceiro consecutivo das bolsas, após dias atrás o S&P 500 e o Nasdaq terem atingido recordes históricos de fechamento.
Agora, a correção é puxada pelo motor dos ganhos recentes, as chamadas giant techs, companhias que tiveram ganhos fortes nos últimos meses, diante de balanços positivos e da avaliação de que elas se saem bem neste contexto de pandemia e restrições à circulação.
O movimento agora é de ajustes nestes papéis, com os setores de tecnologia e serviços de comunicação entre as maiores baixas, especialmente o primeiro. Apple subiu 6,73%, Amazon caiu 4,39%, Alphabet registrou baixa de 5,41%, Microsoft perdeu 5,41% e Facebook, 4,09%. Nesse contexto, o Nasdaq recuou cerca de 10% em três sessões.
A Oxford Economics afirma em relatório que há espaço para mais baixas nas ações dessas companhias, diante de suas valorizações elevadas e de questões como incertezas regulatórias. Para a consultoria, a volatilidade do setor de tecnologia pode pesar de modo mais disseminado nas bolsas.
Outros papéis importantes também caíram, com Boeing em baixa de 5,83%. Entre os bancos, Goldman Sachs recuou 4,01% e JPMorgan, 3,48%. Diante da queda forte do petróleo, o setor energético também foi penalizado, com ExxonMobil fechando em baixa de 2,30% e Chevron, 3,61%.
O impasse por mais estímulos fiscais nos EUA seguia no radar, com troca de acusações entre governo e oposição. Além disso, o presidente americano, Donald Trump, renovou tensões ao falar nesta semana em “desacoplamento” da economia dos EUA com a China.
Por Gabriel Bueno da Costa
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