Com um cenário de declínio nos números da pandemia de covid-19, o Estado de São Paulo passa a ter 95% de sua população vivendo em regiões na fase amarela da quarentena. O avanço para essa nova etapa foi feito ontem pelo governador João Doria (PSDB). O Estado já não tinha regiões na fase vermelha desde 21 de agosto.
Estavam na fase laranja e avançaram para a amarela cinco regiões: Presidente Prudente, Marília, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista e Registro. Pela reclassificação, Franca permanece na fase laranja e Ribeirão Preto volta a esse estágio. A chamada fase amarela permite a retomada, ainda que parcial, de atividades comerciais, como comércio de rua, shoppings, escritórios, bares e restaurantes, academias, salões de beleza e barbearias. A quarentena continua vigente no Estado até dia 19 próximo.
“Essa é a melhor fase do Plano São Paulo e mostra que o pacto feito com a população garantiu essa progressão. Por cinco semanas, tivemos queda em internações e por quatro houve redução em número de óbitos”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. “Queda do platô é uma realidade não só no Município, mas em todo o Estado”, acrescentou.
Foi registrada redução de 13,5% nos óbitos em relação à semana epidemiológica anterior. Na média diária, nesta 36ª semana houve 192 mortes. Na semana anterior, foram 222. A média diária de casos na 36ª semana epidemiológica é de 7.311, ante 7.454 na anterior.
Nesta sexta-feira, segundo o governo Doria, foi registrada a mais baixa taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado, 54%. Na Grande São Paulo, é de 51,5%. Esta é a quinta semana seguida de queda nesse índice. O balanço da Saúde mostra que estão internados em leitos de UTI 4.582 pacientes e em enfermaria, 6.112, entre casos suspeitos e confirmados.
No interior
O Estado registrou ontem 845.016 casos confirmados da doença e 31.091 óbitos – e pela primeira vez o interior ultrapassou a capital na porcentagem de óbitos pela doença, segundo Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional. Em 24 horas, foram 186 mortes e 7.038 casos novos. Além disso, de acordo com o balanço, o Estado registrou 671.574 casos de pessoas recuperadas da doença e 93.074 altas hospitalares. “Essa tendência de regressão da pandemia vem se mostrando consistente, mas não significa que temos de baixar a guarda. Estamos em quarentena e precisamos ter cautela e cuidado”, afirmou Doria.
Projeções feitas pelo Centro de Contingência Contra a Covid-19 mostram que o Estado pode ter entre 900 mil e 1 milhão de casos da doença até o dia 15 de setembro. E entre 33 mil e até 38 mil óbitos até esta data.
A nova preocupação é com relação à lotação das praias no feriado prolongado. Na tentativa de evitar aglomerações, Doria afirmou que 20 mil policiais militares vão dar apoio a cidades do litoral e de estâncias turísticas. A Operação Independência começou ontem e vai até segunda-feira à noite. Em Santos, vai até terça-feira, dia 8, que é feriado municipal o Dia de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade. Na operação total, a PM usará 7.200 viaturas, 11 helicópteros e 8 drones.
Hospital de campanha
No mesmo evento, a Prefeitura anunciou que decidiu fechar o hospital de campanha do Anhembi. O hospital já deixou de receber pacientes na quinta-feira e para de vez no dia 10. O centro, que foi aberto em 11 de abril, contava com 1.800 leitos e já havia sido parcialmente desativado em agosto. Segundo Covas, 6.350 pessoas foram atendidas na unidade de campanha e mais de 80 mil exames foram realizados. No fim de junho, a Prefeitura de São Paulo fechou o hospital de campanha do Pacaembu. E, na semana passada, o governo do Estado anunciou a desativação do hospital de campanha de Heliópolis.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Paloma Cotes
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