O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reforçou nesta sexta-feira, 4, a avaliação que o pior momento da crise econômica causada pela pandemia de covid-19 já ficou para trás. Segundo ele, o governo deve revisar a projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos dias. A estimativa atual da Secretaria de Política Econômica (SPE) é de retração de 4,7% na economia em 2020.
“Todos os dados que temos indicam que o pior já passou. Isso é verdade para a arrecadação do governo federal, dos Estados e dos municípios. O ICMS e Imposto de Renda mostram recuperação e apontam que a economia está andando. As notas fiscais eletrônicas também apontam nesse sentido, assim como o consumo de energia com forte recuperação”, repetiu o secretário.
Waldery avaliou que o crescimento da taxa de poupança da economia brasileira no 2º trimestre deste ano pode permitir que ao longo do tempo haja um ajuste para a retomada dos investimentos, na margem.
A taxa de investimentos da economia brasileira caiu para 15% do PIB no segundo trimestre de 2020, porcentual menor que o da taxa de poupança da economia brasileira, que ficou em 15,5% entre abril e junho deste ano.
Impacto de auxílio
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia destacou que parte do pagamento da parcela de R$ 300 do auxílio emergencial de dezembro poderá chegar aos beneficiários apenas em janeiro do próximo ano, seguindo o cronograma de transferências da Caixa Econômica Federal.
“Mas todo o impacto primário da prorrogação do auxílio ficará contido em 2020”, garantiu Waldery.
O secretário especial adjunto de Fazenda, Gustavo Guimarães, acrescentou que a transferência dos recursos do auxílio da União para a Caixa ocorrerá ainda este ano.
Waldery esclareceu ainda que a sobra de recursos R$ 6,1 bilhões do total de R$ 16 bilhões em repasses emergenciais que iriam para os Fundos de Participação de Estados e municípios (FPE e FPM) serão redirecionado a medidas relacionadas ao combate da covid-19. “A destinação de recursos para obras, por exemplo, virá de outras fontes, provavelmente de cancelamento de despesas”, explicou.
Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues
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