Após críticas de parte do mercado, a Stone reformulou a proposta de incorporação da Linx enviando novos termos na terça-feira, dia 1.
O valor da transação aumentou em R$ 200 milhões, para R$ 6,248 bilhões. As multas para o caso de a oferta não ser concretizada, seja por desistência da Stone ou pelo aceite a uma oferta concorrente caíram 25%. E o pacote de remuneração para garantir a não competição dos fundadores da Linx foi reduzido em mais de 50%.
No dia 11 de agosto, a empresa de tecnologia Linx e a Stone, de pagamentos, anunciaram que estavam em negociações avançadas. Na noite do mesmo dia, a Stone anunciou a aquisição da Linx, num negócio avaliado em R$ 6 bilhões de reais (90% em dinheiro e 10% em ações).
Na proposta da Stone também foi estabelecida uma multa de 605 milhões se uma das partes desistir do negócio, além de direito a pagamentos adicionais que podem caracterizar prejuízo aos minoritários.
Em meio a um intenso debate, no dia 14 de agosto, a empresa de tecnologia Totvs fez uma oferta de R$ 6,1 bilhões pela Linx, embolando a disputa. A Totvs questionou esta cláusula, em especial, chamando-a de “multa abusiva” contratada pela Linx com a Stone.
Confirmando nossa expectativa, a Stone veio defender sua oferta com um aumento na proposta. Acreditamos que o leilão pela agora cobiçada Linx deve seguir impulsionando positivamente as ações LINX3 embora a alta de 4,4% no último pregão possa limitar os ganhos no curto prazo.
Após a nova proposta, a Stone recebeu apoio de alguns acionistas. Outros mantiveram as críticas por enxergar na estrutura da oferta um suposto prêmio de controle disfarçado aos fundadores da Linx, na forma de uma remuneração para não competição.
Apesar de Totvs e Linx se complementarem em termos de setores atendidos, acreditamos que a operação entre Linx e Stone tem mais sentido estratégico, pois verticaliza e dá uma competitividade extra a ambos os negócios – deixando de lado se há ética ou não nos termos propostos pela Stone.
A oferta da Totvs que soma R$ 6,103 bilhões, montante inferior à nova proposta da Stone, é igual para todos os acionistas da Linx: cada acionista da Linx receberia uma ação da Totvs mais R$ 6,20 por ação de sua titularidade.
Na operação da Stone, o acionista da Linx pega o dinheiro e vai para casa. Já na operação da Totvs, o acionista da Linx tem a chance de ser sócio dos benefícios da união das empresas. Em compensação, em uma, o lucro é quase integralmente assegurado na hora, enquanto na outra, a fatia em caixa é bem menor.
A participação da Linx no mercado de sistemas para o varejo cresceu três pontos percentuais no ano passado na comparação com o ano anterior e superou a soma das fatias de mercado do segundo, terceiro, quarto e quinto colocados, de acordo com a consultoria IDC.
No segmento de comércio on-line, área que vem crescendo a passos largos nos últimos meses com a pandemia obrigando o varejo a fechar as lojas físicas, a Linx também vem ganhando participação, mas está na segunda posição com 13,7%. O líder possui 20,8% do mercado.
O mercado de fusões e aquisições de companhias continua aquecido, assim como os IPOs e oferta de ações (follow-ons). Apesar de ser muito difícil prever com certeza qual empresa sairá vencedora nestes leilões, a percepção é de que a nova proposta da Stone apara as arestas e a recoloca como principal candidata na disputa pela Linx.
Três entidades financeiras que representam instituições de pequeno e médio portes divulgaram nesta sexta-feira, 22,…
A Paper Excellence apresentou recurso para suspender a decisão da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de…
A presidente da Petrobras disse nesta sexta-feira, 22, que, existindo "garantia de viabilidade" para o…
Os clientes do Banco do Brasil investiram R$ 4,7 milhões no Tesouro Direto utilizando o…
A Bosch anunciou nesta sexta-feira, 22, que irá cortar cerca de 5500 cargos nos próximos…
A Getnet, empresa de maquininhas de origem brasileira e que pertence ao Grupo Santander, anunciou…