Apetite por riscos cresce e Bolsa fecha com forte alta de 2,8%; dólar fica a R$ 5,38

A busca dos investidores pelo risco, em dia positivo no exterior, levou a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a fechar com forte alta de 2,82%, 102.167,65 mil pontos, apesar da queda recorde de 9,7% do PIB brasileiro nesta terça-feira, 1, mas em sintonia com o clima favorável vindo do exterior e as declarações favoráveis do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O cenário também favoreceu o dólar, que encerrou com queda de 1,74%, a R$ 5,3852.

“Devemos trabalhar essa medida provisória com todo cuidado para que a gente possa atender de fato os mais vulneráveis sem dar uma sinalização de descontrole na administração da dívida pública brasileira”, disse Maia sobre a decisão da Câmara de analisar com atenção a proposta do governo para ampliar o auxílio emergencial. Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do benefício, mas com valor de R$ 300 no lugar dos R$ 600 anteriores.

Ainda no noticiário local, o Ministério da Economia divulgou que a balança comercial brasileira registrou superávit recorde em agosto. As exportações superaram as importações em US$ 6,609 bilhões, o maior resultado para o mês na série iniciada em 1989. No ano, o superávit já soma US$ 36,594 bilhões.

O Banco Central também divulgou nesta terça que os brasileiros gastaram R$ 1,089 trilhão nas transações com cartão de crédito em 2019. O montante diz respeito apenas às compras com cartão realizadas dentro do Brasil e representa um avanço de 23,2% em relação a 2018. No caso do cartão de débito, o valor foi de R$ 668,444 bilhões no ano passado, alta de 19,0%.

No exterior, os índices reagem a atividade industrial da China, que se expandiu em agosto ao maior nível em quase uma década. Hoje, o índice de preços de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês subiu de 52,8 em julho para 53,1 em agosto.