O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta segunda-feira, 31, que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) de 60,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho é a maior desde outubro de 2002. A dívida líquida passou de 58,0% para 60,2% do PIB em julho, atingindo R$ 4,323 trilhões.
“O principal fator para alta da dívida líquida em julho foi o déficit nominal no mês. Os fluxos fiscais são muito deficitários, o implica no aumento da dívida líquida. Além disso, a apreciação cambial de 5% alavancou o crescimento da dívida líquida no mês passado”, detalhou Rocha.
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) fechou julho aos R$ 6,210 trilhões, o que representa 86,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, divulgado nesta segunda, é o maior da série histórica, iniciada em 2006. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
“O crescimento da dívida bruta em julho se deve à sua necessidade de financiamento, ou seja, às emissões líquidas de títulos do Tesouro Nacional”, completou Rocha.
Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
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