O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) subiu 7,0 pontos em agosto, para 94,5 pontos, recuperando 96% das perdas ocorridas no bimestre março-abril. O indicador consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
“A confiança empresarial subiu de forma expressiva em agosto, dando sequência à tendência de recuperação iniciada em maio, sob influência da melhora da percepção dos empresários em relação à situação presente dos negócios”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
Em termos setoriais, explica Campelo Jr., os destaques são a Indústria e o Comércio, cujos níveis de confiança já estão próximos aos do período anterior à pandemia do novo coronavírus. Na Construção e, principalmente, no Setor de Serviços, a retomada do otimismo é semelhante à dos outros setores, mas a percepção sobre a situação atual continua bastante desfavorável, o que vem contendo uma alta mais expressiva da confiança.
Após atingir o menor nível histórico em abril, a confiança empresarial vinha se recuperando gradualmente a partir das expectativas. A partir de julho, a alta da confiança passou a ser igualmente motivada pelas expectativas e pela percepção sobre a situação corrente. Neste mês, pela primeira vez desde a crise sanitária, o ICE foi mais influenciado pela melhora na percepção corrente dos empresários. O Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu 8,9 pontos, para 88,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 6,3 pontos, para 96,1 pontos.
Pelo lado das expectativas, os componentes de Demanda e Emprego Previsto (previsões para três meses) e de Tendência dos Negócios (horizonte de seis meses) subiram 5,5 pts., 6,3 pts. e 8,2 pts., respectivamente, em agosto, recuperando 91%, 89% e 79% das perdas do bimestre março-abril.
Em agosto, a confiança do Comércio subiu fortemente, influenciada pela melhora da percepção sobre a situação atual, após ter registrada a alta menos expressiva entre os setores no mês passado. Nos demais setores, a confiança manteve a tendência de alta, motivada tanto pela melhora nas expectativas quanto na percepção da situação atual. Apesar da melhora, o ISA do setor de Serviços continua abaixo dos 80 pontos e no menor nível entre os setores que integram o ICE.
Difusão da confiança
Em agosto, a confiança avançou em 92% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação ainda superior à de 90% do mês anterior. Indústria e Serviços mantiveram a disseminação de alta, Construção acomodou e o Comércio desta vez registrou alta da confiança em 100% dos seus segmentos.
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