O Grupo Petrópolis inicia oficialmente nesta sexta-feira a operação de sua nova fábrica em Uberaba (MG). Com um investimento de R$ 1,2 bilhão na construção e compra de equipamentos, o empreendimento deve produzir 860 milhões de litros de cerveja por ano. Ao todo, serão 700 empregos diretos gerados pela fábrica, por enquanto cerca de 350 já foram contratados. Em área construída, o investimento equivale a 15 campos de futebol (108 mil m2), sendo o maior parque da companhia.
“Quando começou a pandemia, ficamos preocupados. Tínhamos compromissos com a construção da fábrica. E o nosso faturamento caiu pela metade em março”, diz Marcelo de Sá, diretor de controladoria do Grupo Petrópolis. No entanto, com o passar dos meses, a situação melhorou. “Em abril, chegamos a 70%, em maio, 85%. Já em junho e julho, 100% em relação ao ano passado”, diz. Assim, a empresa conseguiu cumprir o prazo de 15 meses para a construção.
O prazo era ditado por um incentivo fiscal municipal que a cidade de Uberaba concedeu à cervejaria. Além disso, no Estado, a companhia recebeu redução da alíquota de ICMS. Em Minas, a empresa estima que tenha ganhado mercado nos últimos 15 meses. “Fomos de 8% para 9,5%, um ganho de 1,5 ponto porcentual”, diz o diretor. Já no País, não há expectativa de ganhar mercado neste ano. “Esperamos vender o mesmo que no ano passado. Isso porque o que deixamos de vender em março, não fica acumulado. Mesmo com o aumento de produtividade que teremos com a nova fábrica, manteremos os números do ano passado”, diz Sá.
Em seu pleno funcionamento, a fábrica terá quatro linhas capacitadas para o envase de 256 mil latas por hora e 140 mil garrafas no mesmo intervalo de tempo. A cerveja produzida será distribuída para as cidades de Minas Gerais e dará suporte para regiões como Norte e Noroeste de São Paulo, além de Goiás e Distrito Federal. “Por enquanto, duas linhas estão funcionando, até o final do ano serão as quatro. Mas as contratações que faltam devem ser feitas antes, mais ou menos até outubro. Indiretamente, ainda geraremos 3 mil empregos”, afirma Sá.
A unidade também levou em consideração melhores práticas ambientais. Haverá sistema de reúso de água da produção e um programa de gerenciamento de resíduos. Segundo a empresa, esse projeto tem índices de até 99,9% de reaproveitamento dos seus resíduos e subprodutos.
A fábrica, na prática, já começou a funcionar. O envase de 110 mil litros da marca mais popular do grupo, a Itaipava, marca o começo oficial. No entanto, o conteúdo já passou por brassagem no dia 11 de agosto e estava maturando.
Por Talita Nascimento
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