A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conseguiu reverter as perdas dos últimos pregões e fechar com alta de 1,51%, aos 102.142,93 pontos nesta sexta-feira, 28, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro terem demonstrado algum consenso sobre o auxílio emergencial e o Renda Brasil. O dólar também foi favorecido pelo cenário político mais ameno em Brasília e recuou perante o real, encerrando o dia com forte queda de 2,42%, a R$ 5,4152.
O movimento de recuperação nos ativos domésticos nesta sexta foi alimentado pela chance de acordo entre Bolsonaro e Guedes, sobre as últimas parcelas do auxílio emergencial e o fôlego que a equipe econômica ganhou para discutir o Renda Brasil, substituto do programa Bolsa Família, que deve ficar apenas para o ano que vem.
Além da perspectiva de permanência da ampla liquidez global, após as sinalizações dadas ontem pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, o movimento de recuperação nos ativos domésticos hoje é alimentado pela chance de acordo entre Bolsonaro e Guedes, sobre as últimas parcelas do auxílio emergencial e o fôlego que a equipe econômica ganhou para discutir o Renda Brasil, que deve ficar apenas para o ano que vem.
A questão fiscal, contudo, segue no radar dos agentes. O mercado recebeu bem a transferência de lucro totalizada em R$ 325 bilhões do Banco Central para o Tesouro Nacional, mas ainda vê com cautela as contas públicas. Hoje, o Tesouro informou que as contas do governo registraram déficit primário de R$ 505,187 bilhões de janeiro a julho deste ano, o pior desempenho para o mês da série histórica, que tem o início de 1997.
Para o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, o mercado entende as despesas tomadas na esteira da pandemia do novo coronavírus, mas o governo precisa sinalizar para a situação pós-crise.
Bolsas do exterior
A Ásia ficou no radar nesta sexta, após o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, renunciar ao cargo por motivos de saúde. Por lá, o japonês Nikkei encerrou os negócios em baixa de 1,41%. Nos demais índices do continente, no entanto, os resultados foram positivos. Os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto tiveram altas de 1,60% e 1,97%, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,40%, o Hang Seng teve ganho de 0,56% em Hong Kong e o Taiex recuou 0,53% em Taiwan. Na Oceania, a bolsa australiana teve queda de 0,86%.
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