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BNDES define consórcio que vai planejar privatização dos portos de Santos e São Sebastião

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira (27) o consórcio vencedor para realizar os estudos para desestatização dos portos de Santos e de São Sebastião, no litoral paulista.

O consórcio DAGNL, composto por DTA Engenharia (líder), Garin, Alvarez & Marsal e os escritórios de advocacia Lobo & De Rizzo e Navarro Prado Advogados, será responsável por avaliação, estruturação e implementação do projeto.

Os membros do consórcio, que receberá R$ 6,56 milhões pelo serviço, não poderão participar do processo de concorrência pelos portos.

A expectativa do governo é de que o investimento privado amplie os investimentos nos portos, dando maior flexibilidade na gestão comercial, aumento da competitividade.

Uma das maiores expoentes em movimentação de carga no Porto de Santos com 33% de participação, a privatização do maior porto da América do Sul é uma notícia positiva para as ações de Santos Brasil (STBP3) no curto prazo.

No entanto, embora os dois ativos (Porto de Santos e São Sebastião) sejam estudados simultaneamente, isso não significa que o modelo abrangerá ambos em conjunto.

Segundo o BNDES, o início dos estudos está previsto para setembro, com a conclusão prevista para o segundo trimestre de 2021, a tempo de que o leilão aconteça em 2022. Por isso, por mais que a notícia de fato seja positiva para as ações de Santos Brasil (STBP3) no curto prazo, o mercado deve ir reagindo aos poucos, conforme haja avanços no processo de venda do porto.

Após um primeiro semestre de queda nas importações, as últimas semanas têm sido de retomada nos volumes de movimentação de contêineres e dos preços de frete nas principais rotas comerciais, o que dá indícios de que o restante deste ano será melhor que o primeiro semestre, duramente atingido não apenas pela pandemia mas também pela volatilidade cambial.

De acordo levantamento da consultoria Solve Shipping, as importações vindas da China, que são aproximadamente metade do total importado pelo Brasil, alcançaram em agosto níveis próximos ao do ano passado.

Entretanto, apesar desta ser outra notícia é positiva para a Santos Brasil, analistas acreditam que o mercado deve aguardar os resultados do terceiro trimestre de 2020 para reavaliar as suas expectativas com a companhia para 2021.

O aumento das importações é um dos principais catalisadores das ações da Santos Brasil, pois melhora o mix de contêineres movimentados e, por consequência, as margens operacionais. O avanço no processo de privatização do porto deve também destravar valor para as ações no médio e no longo prazos.

Redação Mercado News

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