O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta quinta-feira (27) que o Banco Votorantim (BV) retomou os planos de realizar a sua oferta pública inicial de ações (IPO). O BV endossava a lista de ofertas até março, mas decidiu suspendê-la por conta das condições adversas do mercado trazidas pela pandemia da Covid-19.
A oferta será através de recibos de ações (units) e terá parte primária, com os recursos entrando no caixa do banco e parte secundária, com os atuais acionistas Banco do Brasil e a família controladora do banco se desfazendo de parte/totalidade da sua posição. Primeiramente, a expectativa era que a oferta de até R$ 5 bilhões, sendo R$ 1 bilhão referente à oferta primária e a restante secundária.
Nesta semana a Petrobras também anunciou que irá vender suas participações em outras companhias. Contudo, não se trata de IPO – mas sim de uma oferta subsequente (follow-on) secundária de ações – para vender a sua participação remanescente de 37,5% no capital da BR Distribuidora (BRDT3).
A expectativa é que a oferta da Petrobras ocorra entre outubro e novembro, movimentando aproximadamente R$ 9,2 bilhões. Importante mencionar também que os acordos operacionais entre as companhias seguirão vigentes, mesmo após a oferta.
De acordo com analistas, a notícia é positiva para ambas as companhias e é esperado um impacto positivo no preço das suas ações no curto prazo. Contudo, como o anúncio da Petrobras ocorreu na quarta-feira, acreditamos que a notícia já fez preço e outros fatores devem influenciar nas cotações das ações PETR3/PETR4 nesta sexta-feira.
No caso do Banco do Brasil também já havia alguma expectativa para a retomada do IPO do BV, o que limita o potencial de alta das ações BBAS3 nas próximas sessões.
Já para a BR Distribuidora, a notícia é positiva, pois ela se livra de mais uma amarra estatal no seu capital social. Contudo, pode haver uma pressão de vendas até a oferta. Nesta quinta-feira (27) as ações BRDT3 recuaram 3,3% em um dia em que o Ibovespa fechou estável.
Analistas ressaltam que ambas ofertas fazem parte dos respectivos programas de vendas de ativos nas companhias e são um dos pilares da estratégia atual das estatais, orientadas a geração de valor e retorno sobre o capital e sobre o patrimônio líquido. E avaliam como positiva as operações pois elas são capazes de destravar o valor das companhias no longo prazo.
Para a Petrobras em específico a venda de ativos é ponto central na sua tese de investimento. A companhia segue correndo atrás da redução do seu endividamento por meio de uma operação mais produtiva (geração de caixa operacional mais saudável, com margens maiores) e venda de ativos. A venda na BR Distribuidora será a maior deste ano e deverá levantar mais de R$ 9 bilhões (a preços de mercado da BRDT3).
Do ponto de vista contábil também há um efeito interessante. Com as participações nas empresas são classificadas no balanço a custo histórico (e não ao preço de mercado), no momento da venda há uma reclassificação na conta dos ativos e do patrimônio líquido, aumentando-os. Com isso, do ponto de vista da avaliação das companhias através da relação entre preço e valor patrimonial, elas ficarão mais “baratas” que antes das ofertas.
Além disso, a entrada de recursos no caixa permite a distribuição de proventos (no caso do BB) ou a redução do endividamento/alavancagem (no caso de Petrobras).
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