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FGV: Confiança da Indústria sobe 8,9 pontos em agosto ante julho, a 98,7 pontos

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 8,9 pontos em agosto, chegando a 98,7 pontos. Com o resultado, o índice alcançou o quarto mês seguido de alta e recuperou 40,5 pontos dos 43,2 pontos perdidos nos meses de março e abril, uma recuperação de 93,8%.

Dos 19 segmentos industriais pesquisados, 18 registraram aumento da confiança, reflexo de avaliações positivas sobre o momento atual e também em relação aos próximos três meses, segundo a FGV. O Índice de Situação Atual (ISA) chegou a 97,8 pontos, alta de 8,7 pontos em relação ao mês passado. O Índice de Expectativas (IE) subiu 9,1 pontos e chegou a 99,6 pontos no total, já acima dos 96,2 pontos registrados em março, mas abaixo dos 101,8 pontos de fevereiro.

Todos os indicadores componentes do IE registraram alta: produção prevista (mais 8,8 pontos, chegando a 107,8), emprego previsto (mais 9,3 pontos, chegando a 102,3) e ambiente de negócios nos seus meses seguintes (mais 8,7 chegando a 88,8). O nível de 100 pontos é considerado neutro.

Entre os componentes no ISA, situação atual de negócios foi a maior influência positiva, subindo 12,1 pontos e chegando a 99,1. O nível de estoques avançou 8,8 pontos e foi a 99,0. Demanda cresceu 4,7, chegando a 95,7 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) foi acrescido em 3 pontos porcentuais, passando de 72,3% em julho para 75,3% em agosto. Assim, chegou ao mesmo patamar de março e está a 0,9 ponto porcentual do nível de fevereiro (76,2%).

A economista Renata de Mello Franco, do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), classificou a alta no ICI nos últimos meses como “consistente e disseminada”, com a percepção do empresariado de que a economia se aproxima do nível pré-pandemia. “Para os próximos meses, os indicadores de expectativas mostram certo otimismo, com mais de 40% do setor prevendo aumento do ritmo de produção. Contudo, observamos que ainda há muita incerteza das empresas, evidenciada pela dificuldade de recuperação do indicador de tendência dos negócios”, pontua a economista.

Por Gregory Prudenciano

Estadão Conteúdo

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