Economia

Dólar cai a R$ 5,57 após fala de presidente do Fed; Bolsa fecha estável

O dólar recuou perante o real nesta quinta-feira (27), e fechou com queda de 0,66%, a R$ 5,5778, em meio à expectativa de manutenção de juros bastante baixos por mais tempo nos Estados Unidos, após a declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Já a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou estável e sem variação, aos 100.623,64, após passar boa parte do pregão em queda ou com ganhos mínimos.

Mais cedo, Powell finalmente anunciou a aguardada mudança de estratégia do BC dos EUA, que passará a adotar uma inflação média – ou seja, irá tolerar taxas acima de 2% por algum tempo para compensar períodos, como o atual, em que os preços ficaram abaixo disso. Na prática, isso significa que os juros permanecerão baixos e perto de zero por ainda mais tempo, ainda mais com a fraqueza da economia dos EUA, como mostrou nesta quinta-feira, 27, o PIB (Produto Interno Bruto) do país no segundo trimestre.

A declaração, naturalmente, empurrou os investidores para o risco e ajudou a aliviar o peso sob a moeda americana. Na mínima do dia, ela caía a R$ 5,5453. Por volta das 15h, o índice DXY do dólar, que mede a força da divisa perante outras moedas fortes, caiu o equivalente a 0,05% – a moeda também recuou ante o peso colombiano e o rublo.

No Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, as ações do setor financeiro ajudaram a zerar as perdas do índice no final do pregão. Bradesco ON encerrou com ganho de 2,35%, Itaú Unibanco PN com alta de 1,47% e as Units de Santander Brasil com 1,34%.

Também nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a criticar o fechamento “desnecessário” de alguns Estados e reforçou que o país experimenta uma recuperação em formato de ‘V’. Por lá, os três principais índices de Nova York ficaram sem sinal único: Dow Jones fechou com alta de 0,57%, S&P 500 avançou apenas 0,17% e Nasdaq fechou em baixa de 0,34%.

Apesar da calmaria em Brasília, o pregão de hoje foi incerto, com os investidores atentos aos recentes sinais para aumento de gastos vindos do presidente Jair Bolsonaro, que reluta em adotar uma política austera depois de experimentar o sabor da popularidade que o auxílio emergencial lhe trouxe.

 

Estadão Conteúdo

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