Economia

Venda e aluguel de imóveis usados em julho tem crescimento de 44% comparado a pré-pandemia

Em meio a crise do coronavírus, o mercado imobiliário aponta sinais de retomada com aumento de venda e aluguel de usados, com dados, inclusive, superiores ao período pré-pandemia. De acordo com o levantamento do Painel Mercado Imobiliário, da proptech inGaia, a venda e aluguel de imóveis usados em julho teve crescimento de 44% comparado a fevereiro – quando não havia casos confirmados de Covid-19 no País.

A plataforma acompanha o impacto da pandemia no mercado imobiliário por meio de sua base de dados, que atualmente possui mais de 7,2 mil imobiliárias e administradoras de locação e 40 mil usuários. Em julho, o número de propostas realizadas também teve um aumento de 22% comparado a junho e os sites das imobiliárias receberam 1,3 milhão de acessos a mais no mesmo período, um crescimento de 17%. Além disso, o número de visitas também teve um aumento de 20% comparado ao mês anterior.

“O aumento gradual nos negócios ao longo dos últimos meses mostra não só uma recuperação, mas também o crescimento do setor imobiliário de usados. As imobiliárias e administradoras de locação também estão reconhecendo a importância da digitalização para que os negócios avancem durante o isolamento social, o que ajuda neste impulsionamento”, destaca José Eduardo de Andrade Junior, CEO da inGaia.

Demanda reprimida no setor

O levantamento da inGaia mostra ainda que a venda e aluguel de imóveis usados em julho cresceram 60% (2,6 mil contra 4,1 mil) se comparado ao mesmo período do ano passado. Para o presidente da proptech, o crescimento está relacionado a fatores como juros baixos e uma demanda reprimida no setor.

“A pandemia do coronavírus vai ter um impacto enorme na economia do País. No entanto, temos uma demanda reprimida pelos cinco anos de recessão que enfrentamos no Brasil, juros de 2% e redução das taxas para financiamento de imóveis. Esses fatores colaboram para o aquecimento do setor, que irá crescer muito nos próximos anos”, explica Mickael Malka.

Com três milhões de imóveis listados em sua plataforma e base de dados que representa 25% do mercado secundário imobiliário, de janeiro a dezembro de 2019, a inGaia acompanhou o valor geral de R$ 13,5 bilhões nas transações de compra e venda e R$ 1,2 bilhão no valor geral das operações de locação.

inGaia PMI

O Painel do Mercado Imobiliário (PMI) mostra os impactos da pandemia nas quatro etapas que compõem o funil de vendas de imóveis: o acesso aos sites de imobiliárias, visitas concluídas, propostas e o fechamento de transações, em comparativos semanais, mensais, anuais e, também, de acordo com a evolução da pandemia no Brasil. Os panoramas regionais de 13 estados também são apresentados.

 

Redação Mercado News

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