Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 2,685 bilhões em julho, informou nesta terça-feira, 25, o Banco Central.
O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 400 milhões a US$ 4,00 bilhões, com mediana de US$ 2,21 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de julho indicaria entrada de US$ 2,0 bilhões.
No acumulado do ano até julho, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 25,527 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 55,0 bilhões.
No acumulado dos 12 meses até julho deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 62,555 bilhões, o que representa 3,94% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 330 milhões em julho, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 4,149 bilhões.
No acumulado do ano até julho, o saldo ficou negativo em US$ 17,519 bilhões.
Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 3 milhões em julho. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido positivo em US$ 730 milhões. No acumulado do ano até julho, os aportes somam US$ 244 milhões nos fundos.
O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 553 milhões em julho. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 106 milhões. No ano, o saldo em renda fixa ficou negativo em US$ 10,840 bilhões.
Taxa de rolagem
O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 42% em julho. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade suficiente para rolar compromissos das empresas no período.
O resultado ficou abaixo do verificado em julho do ano passado, quando a taxa havia sido de 115%.
De acordo com os números apresentados nesta terça pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 22% em julho. Em igual mês de 2019, havia sido de 2%. Já os empréstimos diretos atingiram 61% no mês passado, ante 221% de julho do ano anterior.
No ano até julho, a taxa de rolagem total ficou em 84%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 61% e os empréstimos diretos, de 92% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100,0% para 2020.
Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
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