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Indústria da construção tem recuperação em julho e retomada da confiança, diz CNI

A indústria da construção mostrou recuperação da atividade em julho, consolidando a retomada do setor após o tombo histórico registrado em abril, quando a crise causada pela pandemia de covid-19 atingiu o seu ápice. De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção de julho, divulgada nesta segunda-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicadores como confiança e intenção de investir estão acima da média histórica e a Utilização da Capacidade Operacional voltou para um patamar semelhante ao verificado no período pré-pandemia.

A pesquisa mostra recuperação também nos índices de atividade e do número de empregados do setor. “Os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados apresentaram melhor evolução no mês de julho em relação a junho, a despeito da pandemia de covid-19. As altas fizeram ainda com que os índices voltassem a superar suas médias históricas, o que indica desempenho mais favorável que o usualmente refletido pelo índice”, registra a sondagem.

O índice de nível de atividade da construção chegou a 48,1 pontos em julho, o que representa alta de 3,8 pontos em relação ao mês anterior. O índice de evolução do número de empregados passou de 43,4 pontos em junho para 46,8 pontos em julho.

A Utilização da Capacidade Operacional passou de 55% em junho para 58% em julho. Segundo a CNI, com essa alta, o indicador recupera grande parte da queda de março e abril e ainda fica um ponto porcentual acima do registrado em julho de 2019 e superior à média para o mês entre 2015 e 2017.

Expectativas

O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) teve aumento de 7,7 pontos, atingindo 54 pontos em agosto. Essa foi a quarta alta consecutiva do índice, após as quedas de março e abril. Com esse crescimento em agosto, o índice ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, confirmando a retomada da confiança dos empresários do setor.

A CNI destaca que os índices de expectativa superaram a linha divisória de 50 pontos, que separa perspectivas de queda das de alta, pela primeira vez desde a queda de abril.

Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados registraram 52,8 e 52,3 pontos, após crescimento de 3,3 e 2,9 pontos, respectivamente. Os índices de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços alcançaram 54,3 pontos e 53,2 pontos, respectivamente, alta de 4,2 e 5,2 pontos em agosto.

A intenção de investimento reflete também a expectativa positiva para o futuro. O indicador teve alta de 4,7 pontos em agosto, atingindo 39,5 pontos. Esse patamar se aproxima dos níveis pré-pandemia, que registrava um índice acima de 40 pontos. A média histórica desse indicador é de 34,1 pontos.

Por Sandra Manfrini

Estadão Conteúdo

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