O Magazine Luiza (MGLU3) apresentou nesta terça-feira (18) pela manhã a sua teleconferência de resultados do 2T20 para os investidores. O evento, que durou cerca de duas horas, agradou o mercado e as ações aceleraram a alta no período da tarde do dia.
Os principais destaques mencionados pelo CEO Frederico Trajano foram: i) a retomada da abertura das lojas físicas ainda neste ano, após um primeiro semestre sem novas unidades abertas devido a pandemia; ii) a possibilidade de novas aquisições e iii) a liderança da companhia no varejo brasileiro em termos de vendas brutas.
Ademais, pela primeira vez a companhia abriu o resultado mês a mês para demonstrar a dinâmica da companhia e de seus resultados no trimestre.
Ao longo da tarde, as ações do Magazine Luiza (MGLU3), que subiam cerca de 6% até a o final da manhã, aceleraram a alta e fecharam a sessão com ganhos expressivos de 9,6%. O movimento de alta em Magalu e o dia mais positivo no Ibovespa também puxou a alta das concorrentes Via Varejo (VVAR3) e B2W (BTOW3), que avançaram 8,1% e 5,5%, respectivamente, comparado à valorização de 2,5% no Ibovespa no mesmo dia.
A notícia é positiva para os acionistas da companhia. Contudo, analistas avaliam que ela “já fez preço” na sessão de ontem e esperam impacto neutro nas ações do Magalu nesta quarta-feira (19). Ademais, após a forte alta recente, é grande a possibilidade de ocorrer alguma realização de lucros no curto prazo.
No ano as ações do Magazine Luiza (MGLU3) acumulam valorização de 87,8%, enquanto o Ibovespa recua 11,7%. No mesmo período a Via Varejo (VVAR3) avança 69,8% e a B2W (BTOW3) sobe 82%.
Em 2019 a companhia abriu 159 novas lojas pelo Brasil, aumentando sua área de vendas em 13,2% na comparação anual. A companhia espera voltar ao ritmo pré-pandemia e abrir cerca de 150 lojas/ano.
Na parte de aquisições o Magalu já anunciou recentemente a aquisição de três companhias. A primeira delas – a Hub Sales – marca a entrada da empresa no segmento de Factory to Consumers (F2C) e as demais (Canaltech e Inloco) anuncia a sua chegada no mercado de publicidade online, que embora seja um mercado bilionário nos Estados Unidos, ainda engatinha no Brasil.
O Magalu está com caixa líquido de R$ 5,8 bilhões (considerando recebíveis de cartão), o que lhe confere uma posição financeira bastante confortável e a possibilidade de evoluir seu ecossistema de varejo no Brasil através de aquisições estratégicas.
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