O resultado da Cyrela foi bom e veio acima das expectativas em termos de receita líquida e lucro líquido, mas teve a surpresa negativa de um consumo de caixa de R$ 67 milhões no trimestre.
O resultado operacional já havia sido divulgado, com menor volume de lançamentos, pois os lançamentos foram adiados devido à quarentena da Covid-19 que fechou os estandes de vendas em abril.
Os principais destaques positivos foram: i) aumento da margem bruta ajustada de 34,8%, crescimento de 1,6 pontos percentuais em relação ao 2T19 e; ii) resultado da Cury no valor de R$ 16 milhões na linha de equivalência patrimonial.
Com o menor volume de lançamentos, a companhia focou nas vendas de estoques prontos, que totalizou R$ 135 milhões no trimestre, superior aos R$ 116 milhões no 1T20.
A receita líquida totalizou R$ 839 milhões no trimestre, aumento de 9,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020, mas com queda de 10,4% em relação ao mesmo período de 2019.
O reconhecimento de receita no trimestre foi beneficiado pelo andamento das obras no período e vendas de estoques prontos.
Na última linha o lucro líquido foi de R$ 68 milhões, com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 6,9% nos últimos 12 meses.
O consumo de caixa atingiu R$ 67 milhões no trimestre e foi afetado por: i) queda nas vendas contratadas; ii) negociações de parcelas de clientes com financiamento imobiliário devido à pandemia e; iii) menor geração de caixa dos negócios mais voltados à baixa renda
A geração de caixa da Cyrela foi bastante afetada pela quarentena a partir de março, que reduziu as vendas contratadas e afetou o recebimento das parcelas dos financiamentos contratados de imóveis.
Analistas acreditam que o consumo de caixa irá surpreender o mercado, assim, esperam um impacto negativo no preço das ações da Cyrela (CYRE3) no curto prazo.
As ações fecharam em queda nesta quinta-feira (13/ago), com desvalorização de 2,34%, comparado à queda de 1,63% do Ibovespa. As ações da Cyrela ainda acumulam desempenho negativo em 2020: queda de 17 por cento, comparada à queda de 13,1 por cento do Ibovespa no período.
Apesar do consumo de caixa no trimestre, destacamos a sólida posição de caixa de 2,0 bilhões de reais da Cyrela em jun/20 e o baixo nível de endividamento medido pela relação dívida líquida/PL de apenas 17,1 por cento.
O lucro líquido totalizou 68 milhões de reais no trimestre, afetado por três itens não recorrentes: i) impacto positivo de 8 milhões de reais de ganho com a valorização das ações da Cyrela Properties (3 milhões) e Tecnisa (5 milhões) e; ii) impacto positivo de R$ 16 milhões devido ao resultado da Cury; iii) perdas com contingências judiciais no montante de R$ 29 milhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado foi de 6,9 por cento.
O principal catalisador para as ações da Cyrela é a retomada do volume de lançamentos no segundo semestre com a reabertura da economia.
A Cyrela anunciou o pedido de abertura de capital (IPO) das seguintes empresas: (i) Lavvi Empreendimentos Imobiliários S.A., (ii) Plano & Plano Desenvolvimento Imobiliário S.A., e (iii) Cury Construtora e Incorporadora S.A.
Dependendo da demanda pelas ofertas, poderá ocorrer oferta secundária no lote adicional/suplementar, o que pode trazer impacto positivo/ganho para os acionistas da Cyrela. Iremos analisar os prospectos das ofertas e manter os nossos leitores informados.
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