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Rumo: Lucro líquido salta 118% no 2º trimestre, para R$ 405 milhões

A Rumo reportou um lucro líquido de R$ 405 milhões no segundo trimestre de 2020, aumento de 118% na comparação com igual trimestre de 2019. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 23, pela empresa, em balanço enviado à CVM. A sustentação para os números veio do aumento de 13,9% no volume transportado no trimestre na comparação anual, para 16,4 bilhões de TKU (tonelada quilômetro útil). O avanço refletiu a alta demanda por transporte e a safra recorde de soja.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 982 milhões, 6,3% superior ao registrado um ano antes. No critério contábil, o indicador cresceu 31,5%, para R$ 1,216 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 53,7%, alta de 0,2 ponto porcentual. A empresa explicou que, para critério de comparação com o trimestre anterior, o ajuste excluiu os custos e despesas da Malha Central, assim como os efeitos do processo de renovação da Malha Paulista e a provisão para impairment da Malha Oeste, de efeito não caixa.

A receita líquida totalizou R$ 1,828 bilhão, crescimento de 5,7% ante o reportado um ano antes, refletindo o aumento do volume, mas contrabalançado pela queda da tarifa em 8,5%. “O maior impacto na tarifa neste trimestre foi decorrente da queda de 25,3% no preço do combustível com relação ao segundo trimestre de 2020, que representou uma queda de 6,3% na tarifa, já que os contratos comerciais preveem um repasse de 25% da variação do combustível para o preço do frete”, explicou a empresa. Sem considerar o efeito do combustível, a tarifa apresentou retração de 2,2% no ano.

No trimestre, o capex da Rumo atingiu R$ 722 milhões, 64,6% superior ao reportado no segundo trimestre de 2019. “O valor inclui R$ 163 milhões na Malha Central, que deve apresentar aumento nos próximos trimestres”, acrescentou a empresa.

Impairment

A Rumo explicou que devido à redução significativa no volume transportado pela Malha Oeste em 2020, as projeções de geração de caixa futura foram impactadas, sinalizando indicadores de impairment na Companhia. “Após revisão desses fluxos de caixa, foi realizado um complemento na provisão para perda de valor recuperável no valor de R$ 107 milhões – efeito que não impacta o caixa da Companhia, e equivale ao saldo remanescente dos ativos permanentes desta controlada”. A empresa explicou que esse evento contribuiu para o pedido de relicitação da Malha Oeste.

O endividamento abrangente bruto ao final do trimestre foi de R$ 18,3 bilhões, crescimento de 20,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A alavancagem atingiu 2 vezes (dívida líquida abrangente/EBITDA), contra 2,1 vezes no primeiro trimestre de 2020.

Por Cristian Favaro

Estadão Conteúdo

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