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Lucro da Marfrig cresce 1.743% e atinge R$ 1,59 bi no 2º trimestre

A Marfrig Global Foods, uma das maiores exportadoras de carne bovina do País, encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,59 bilhão, alta de 1.743% em relação ao lucro de R$ 87 milhões de um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado teve avanço anual de 266%, a R$ 4,06 bilhões, com margem de 21,5%. A receita líquida consolidada aumentou 54,2% no período, para R$ 18,881 milhões. Os resultados financeiros da empresa foram divulgados na quarta-feira, 12, após o fechamento do mercado financeiro.

O fluxo de caixa operacional foi recorde em R$ 3,969 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre ficou em R$ 3,269 bilhões.

O lucro bruto da companhia aumentou 200% na comparação interanual, de R$ 1,51 bilhão para R$ 4,56 bilhões no segundo trimestre de 2020. A alavancagem em reais – relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado – caiu de 3,56 vezes no primeiro trimestre de 2020 para 2,07 vezes no segundo trimestre deste ano.

A operação América do Norte, capitaneada pela National Beef, teve crescimento anual de 19,3% na receita líquida, para US$ 2,678 bilhões no trimestre. O lucro bruto ficou em US$ 687 milhões, valor 138,4% maior do que o verificado no mesmo período de 2019.

A Marfrig informou, ainda, que o Ebtida ajustado cresceu 170,3%, de US$ 235 milhões para o recorde de US$ 635 milhões no período, com margem de 23,7%. Os resultados de receita líquida, Ebtida e margem foram recordes no trimestre.

Já a Operação América do Sul teve receita líquida de R$ 4,402 bilhões no segundo trimestre de 2020, e lucro bruto de R$ 802 milhões, alta de 27,7% e de quase 103%, respectivamente, na comparação anual. O Ebtida ajustado do segmento foi recorde em R$ 613 milhões, ante R$ 216 milhões no segundo trimestre de 2019, com margem de 13,9%.

O CEO da Operação América do Sul, Miguel Gularte, atribui o crescimento da receita ao aumento das exportações, à expansão de 30% no volume de produtos processados, além da desvalorização do real frente ao dólar.

Gularte comentou também que o volume de vendas no mercado interno caiu 12% na mesma base comparativa, mas as vendas externas compensaram parte dessa retração.

Na América do Sul, as exportações subiram 18% em volume, com destaque para a China e Hong Kong, que foram responsáveis por cerca de 65% da receita obtida com a comercialização para o mercado externo.

No mesmo trimestre do ano passado, os dois países representavam 43% das exportações da região. Ainda assim, o volume de vendas da Marfrig na América do Sul no período foi 2,6% menor do que em 2019.

Por Julliana Martins

Estadão Conteúdo

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