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AIE reitera previsão para 2020 de queda na oferta global de petróleo

Apesar de ter registrado um aumento de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) na oferta global de petróleo em julho, para 90 milhões de bpd, a Agência Internacional de Energia (AIE) manteve a expectativa de queda de 7,1 milhões na produção mundial deste ano. O resultado do mês passado, de acordo com a entidade que tem sede em Paris, reflete o corte voluntário de abastecimento de 1 milhão de bpd feito pela Arábia Saudita, o fato de os Emirados Árabes Unidos terem excedido sua meta acordada com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e o início da recuperação da produção dos Estados Unidos.

Em julho, o suprimento de commodity pela Arábia Saudita cresceu 890 mil bpd, para 8,44 milhões de bpd. A produção do país registrou o aumento depois de passar pela menor marca de atividade em 18 anos em junho.

O resultado do mês passado foi 1,2 milhão de bpd inferior ao do ano anterior. A meta de abastecimento do país para agosto é “tímida”, de acordo com a AIE, de 9 milhões de bpd, o que implicaria um aumento de 550 mil bpd na produção.

Riad, enfatizou o relatório mensal da agência divulgado nesta quinta-feira, sinalizou que seus embarques para os mercados mundiais permanecerão em níveis semelhantes aos de julho. “Embora a Opep+ reduza em quase 2 milhões de bpd sua atividade este mês e outros produtores restaurem o volume combinado, a compensação pela produção anterior da Opep+ pode manter o fornecimento mundial estável em agosto”, considerou a instituição.

Quanto aos Estados Unidos, a AIE considerou que, mesmo supondo que a oferta se recupere da baixa de maio, ainda deve registrar a maior perda entre todos os produtores até o final de 2020, caindo 2,2 milhões de bpd. Em comparação, a Arábia Saudita registrará um declínio de 700 mil bpd e a Rússia, de 1,4 milhão de bpd.

“Essas reduções significativas dos três maiores produtores mundiais ajudarão a reduzir a oferta global em até 7,1 milhões de bpd, em média, em 2020, antes de uma recuperação modesta de 1,6 milhão de bpd em 2021”, reforçou a entidade.

Por Célia Froufe, correspondente

Estadão Conteúdo

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