Categories: Economia

Vacina desenvolvida por americanos apresenta resultados “robustos” em fases 1 e 2

Mais uma vacina contra a covid-19, desta vez desenvolvida por pesquisadores americanos, apresentou resultados positivos nas fases 1 e 2 da testagem, de acordo com estudo publicado nesta quarta-feira, 12, na Nature. O imunizante da BioNtech e da Pfizer induziu uma resposta imune “robusta” e não provocou efeitos colaterais graves em adultos saudáveis.

Os níveis de anticorpos neutralizantes produzidos pela BNT162b1 nos voluntários foram de 1,9 a 4,6 vezes maiores do que os apresentados por pacientes que tiveram a doença, de acordo com os resultados preliminares do estudo.

As fases 1 e 2 têm por objetivo testar a segurança e a resposta imunológica induzida pelo imunizante e o número de participantes é reduzido. No caso, foram 45 pessoas saudáveis com menos de 55 anos. Somente na fase 3 será testada a eficácia da vacina em grupos maiores.

O trabalho revelou ainda que a resposta imunológica apresentada pelos participantes aumentou conforme a dose aplicada até um determinado ponto e também foi mais intensa após uma segunda dose, de reforço, da vacina.

Segundo o estudo, a resposta imune foi muito mais forte no grupo que recebeu 30 microgramas de imunizante do que no grupo de recebeu 10 microgramas. Ambos os grupos receberam doses de reforço após 21 dias. Mas mesmo antes da segunda dose já apresentavam anticorpos contra o Sars-CoV-2.

No entanto, não houve diferenças notáveis na resposta imune entre os participantes que receberam 30 microgramas e os que receberam 100 microgramas. No entanto, os voluntários que receberam a dose maior também experimentaram mais efeitos colaterais. Por isso, não receberam a dose de reforço.

Entre os efeitos colaterais apresentados, que aumentaram com o volume da dose, estão dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, febre e distúrbios do sono. Essas reações adversas, segundo os pesquisadores, são consideradas “leves e moderadas”.

Idosos de 65 a 85 anos também participam do estudo, mas os resultados dos testes neste grupo etário ainda não foram divulgados. Nas próximas fases, os pesquisadores querem dar prioridade à inscrição de populações mais diversas (37 dos 45 participantes das primeiras etapas eram brancos) e incluir ainda pacientes com doenças crônicas, mais vulneráveis à infecção.

“Apesar de nossa população de adultos saudáveis de 55 anos ou menos ser apropriada para um estudo de fase 1 e 2, ela não reflete com precisão a população de maior risco para a covid-19”, escreveram os autores.

Por Roberta Jansen

Estadão Conteúdo

Recent Posts

CNC calcula mais de 1,3 milhão de pessoas inadimplentes devido a apostas em cassinos on-line

Mais de 1,3 milhão de brasileiros ficaram inadimplentes no primeiro semestre de 2024 devido a…

57 minutos ago

BNDES aprova R$ 850 milhões para a empresa Vamos, de locação de caminhões e máquinas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira, 20, ter aprovado…

2 horas ago

FedEx decepciona em lucros ajustados e reduz projeção fiscal para 2025

A FedEx decepcionou investidores ao registrar lucros ajustados de US$ 3,60 por ação em vendas…

2 horas ago

Tentativas de fraude no e-commerce brasileiro sobem 66% em agosto, mostra Equifax BoaVista

As tentativas de fraudes no e-commerce brasileiro registraram um aumento de 66% no mês de…

2 horas ago

Em NY, alta cúpula do BB tem agenda de captação de recursos para projetos ambientais

A alta liderança do Banco do Brasil desembarcou nesta semana em Nova York para uma…

2 horas ago

Gerdau destina R$ 44,3 milhões para ações de reconstrução do RS

A Gerdau anunciou a destinação de R$ 44,3 milhões para ações de suporte, recuperação e…

2 horas ago