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GM adia retorno ao trabalho de operários que estão com contratos suspensos

A General Motors (GM) está prorrogando por mais dois meses o período de suspensão de contratos de trabalho, o chamado layoff, que se encerraria em suas fábricas de automóveis no dia 12 de setembro.

A proposta já foi aprovada pelos trabalhadores das unidades de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e de Gravataí (RS). Na fábrica de São José dos Campos, no interior paulista, será submetida à votação dos metalúrgicos em assembleia com data a ser marcada, conforme informações dos sindicatos locais.

No regime de layoff, trabalhadores são afastados da produção e têm parte do salário (R$ 1,8 mil) paga pelo governo, com complementação do restante pela empresa. É uma forma de o empregador reduzir custos trabalhistas e evitar demissões em períodos de queda da produção.

No complexo de São Caetano, assim como na proposta feita para os operários de São José dos Campos, está prevista também a abertura de um programa de demissões voluntárias. Entre os incentivos ao desligamento do PDV, a GM está oferecendo entregar um carro, modelo Onix Joy Black, aos funcionários com mais de 11 anos de empresa.

De acordo com informações dos sindicatos, o número de trabalhadores da GM em layoff desde abril é de aproximadamente 800 funcionários em São Caetano e de mais de mil em São José dos Campos. Na unidade de São José, no entanto, 360 trabalhadores desse grupo voltam a trabalhar amanhã no parque onde é produzida a picape S-10.

O acordo prevê ainda que se não houver reação do mercado até outubro, a GM poderá estender o layoff em suas fábricas por mais cinco meses a partir de novembro, adiando o retorno dos trabalhadores, nesse caso, para abril.

Procurada, a montadora diz que as especificidades de cada operação no Brasil estão sendo tratadas com os respectivos sindicatos. Em nota, a GM diz ainda que, desde o início da pandemia, vem tomando uma série de medidas para proteger a saúde e segurança de seus empregados, fornecedores e parceiros, assim como preservar empregos e garantir a sustentabilidade do negócio.

Por Eduardo Laguna, especial para o Broadcast

Estadão Conteúdo

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