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Bolsa fecha em alta e recupera os 103 mil pontos; dólar fica a R$ 5,46

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conseguiu se recuperar nesta segunda-feira, 10, e encerrar com alta de 0,65%, aos 103.444.48 pontos, apoiada pela alta das ações de siderurgia e commodities, mas também atenta aos estímulos econômicos vindos dos Estados Unidos. O ambiente favorável, no entanto, não se estendeu ao câmbio e o real teve mais um dia de desvalorização, pressionado pelo cenário do fiscal. Com isso, o dólar fechou a R$ 5,4663, uma alta de 0,96%.

O petróleo, principal commodity energética, foi impulsionada nesta segunda pela declaração da maior petroleira do mundo, a Saudi Aramco, de que há sinais de recuperação da demanda. Além disso, também dão suporte às cotações, os estímulos fiscais criados por decreto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após impasse entre republicanos e democratas no Congresso.

Hoje, os contratos futuros do petróleo tiveram um dia positivo – o WTI para setembro, referência no mercado americano, fechou com alta de 1,74%, a US$ 41,94 o barril, já o Brent para outubro, referência no mercado europeu, teve alta de 1,32%, a US$ 44,99 o barril. A notícia favoreceu as ações da Petrobrás, em um dia no qual Vale, CSN, Usiminas e Gerdau também tiveram altas significativas.

No cenário local, chamou a atenção o superávit comercial da primeira semana de agosto do Brasil, que foi de US$ 2,095 bilhões, alta de 8,4% na média diária das exportações na comparação com o mesmo mês do ano passado, com aumento de 35,5% em agropecuária, queda de 0,9% na indústria extrativa e alta de 3,6% em produtos da indústria de transformação.

Câmbio
O bom humor no mercado acionário, contudo, não é compartilhado pelos demais ativos brasileiros. O real operou em baixa no dia que antecede a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Por aqui, o investidor segue atento a possibilidade de novos cortes da Selic, agora a 2%, além do desequilíbrio nas contas do governo, com a crescente pressão por mais gastos.

Também há no radar certo temor com a escalada da tensão entre Estados Unidos e China – vale lembrar que na semana passada, Trump deu mais um passo na sua meta de banir os aplicativos chineses TikTok e WeChat. Já nesta segunda, o governo chinês prendeu Jammy Lai, editor do Apple Daily de Hong Kong, com base na lei de segurança nacional. O jornal é conhecido por ser anti-Pequim. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que a ação é uma ofensa à liberdade.

A tensão impulsionou a onça-troy do ouro para dezembro, que fechou a US$ 2.039,70, uma alta de 0,58%, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Mercados internacionais
As Bolsas de Nova York ficaram sem sentido único nesta segunda, de olho no aumento das tensões entre EUA-China e refletindo o impasse em torno dos aplicativos chineses. Dow Jones teve alta de 1,30% e S&P 500 subiu 0,27%. O Nasdaq, porém, recuou 0,39%, após a queda de 1,99% da Microsoft com as incertezas em torno da compra do Tik Tok. Já as do Twitter subiram 0,81%, de olho no interesse da rede social em adquirir o app chinês.

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