Economia

Bolsa fecha com queda de 1,3% em dia de aversão a riscos; dólar fica a R$ 5,41

O dia foi de aversão de riscos no mercado brasileiro, com os investidores não muito dispostos a irem às compras. Nesta sexta-feira, 7, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou com queda de 1,30%, aos 102.775,55 pontos, após ter fechado aos 104 mil pontos ontem. Na sessão de hoje, o aumento das tensões EUA-China, somado ao impasse na aprovação do pacote trilionário de estímulos fiscais americano, pesou nos ativos e principalmente no dólar, que fechou com alta de 1,33%, a R$ 5,4143.

O cenário externo ganhou peso na Bolsa, com os investidores atentos a mais recente investida de Trump contra os aplicativos chineses TikTok e WeChat, ao impor restrições para as transações com as empresas donas das plataformas. No entanto, não é apenas o impasse entre EUA-China que preocupa o mercado: a demora em tirar do papel o pacote de ajuda de US$ 1 trilhão chama a atenção, após as negociações com os democratas fracassarem. Agora, o governo já considera liberar as medidas de incentivo via decreto.

Com isso, alguns dados do cenário local acabaram por ficar em segundo plano. A inflação de julho teve alta de 0,36%, a maior para o mês desde 2016, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Gasolina, contas de luz e carne ajudaram a puxar o índice. Também hoje, o instituto divulgou que o número de total de brasileiros afastados do trabalho devido ao coronavírus caiu de 7 milhões na semana passada, para 6,2 milhões nesta semana.

No Ibovespa, o principal índice de ações do mercado de ações brasileiro, chamou a atenção a queda de algumas das principais ações do setor bancário. Itaú teve queda de 1,77%, enquanto Santander cedeu 1,13%. Isso acontece após o Senado aprovar o projeto que limita em 30% os juros do cartão e cheque especial na pandemia. Contudo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, indicou que deve engavetar a proposta. Hoje, o índice terminou a semana com leve perda de 0,13%

Nesta sexta, o contrato futuro mais líquido do ouro fechou o pregão desta sexta-feira em baixa, com realização de lucros após as altas recentes e pressionado pela força do dólar, mas registrou ganhos na semana e se manteve acima dos US$ 2.000 a onça-troy.

Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado perto de R$ 5,60.

Estadão Conteúdo

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