Categories: Economia

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bi no 2º tri; queda é de 25,3% em 1 ano

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 25,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado, último sob a gestão do economista Rubem Novaes, de saída da instituição, foi impactado pelos maiores gastos com o reforço do colchão para perdas em meio à pandemia. Em relação ao primeiro trimestre, o lucro do BB encolheu 2,5%.

“O resultado foi influenciado, principalmente, pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da provisão (PCLD ampliada)”, diz o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado do BB foi de R$ 6,706 bilhões, cifra 22,7% menor que a vista um ano antes.

A divulgação dos resultados do banco ocorre em meio às expectativas de troca de comando no BB. Alegando motivos familiares e cansaço com o ambiente político de Brasília, o economista Rubem Novaes renunciou ao cargo.

Seu substituto, ao menos até aqui, deverá ser o diretor do HSBC, André Brandão. Dentre os desafios que o executivo terá estão uma agenda de desinvestimentos, já em curso, mas atropelada pela pandemia, e ainda preparar o banco público para a revolução tecnológica que tem transformado o setor financeiro.

Depois de conseguir voltar a crescer em crédito no primeiro trimestre, a carteira no conceito ‘ampliado’ diminuiu. O saldo foi a R$ 721,559 bilhões ao fim de junho, recuo de 0,5% em relação a março. Em um ano, porém, cresceu 5,1%.

Tanto a pessoa física quanto a jurídica tomaram menos recursos no BB no segundo trimestre frente ao primeiro. A carteira voltada a empresas diminuiu em 1,1%, influenciada, principalmente, pelo segmento grandes contas, na contramão dos players privados. Já o crédito voltado a indivíduos teve queda trimestral de 0,2%. No ano, porém, as carteiras de pessoa física e jurídica entregaram incremento de 6,3%. Agronegócio, foco no BB, cresceu em ambas as comparações.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido, refletida no indicador RSPL, seguiu sob o efeito do aumento das provisões por conta da pandemia. No critério mercado, chegou a 11,9% no segundo trimestre contra 12,5% no primeiro. No conceito ajustado, foi de 10,0% ante 10,5%, nesta ordem.

O BB detinha patrimônio líquido de R$ 114,836 bilhões no segundo trimestre, 12,7% maior em um ano. Em relação aos três meses anteriores, cresceu 2,2%.

Em ativos totais, o BB registrava R$ 1,710 trilhão ao fim de junho, elevação de 9,7% em um ano. Ante o trimestre imediatamente anterior, aumentou 7,0%.

O BB comenta seus resultados do primeiro trimestre em teleconferência com a imprensa nesta quinta-feira, às 10 horas, com o atual presidente do banco, Rubem Novaes, e os vice-presidentes da instituição.

Por Aline Bronzati

Estadão Conteúdo

Recent Posts

País pode virar referência em pagamentos internacionais com uso de cripto, dizem especialistas

O Brasil tem a oportunidade de ser referência em pagamentos internacionais, assim como já é…

14 horas ago

Deputado do agro quer comissão externa para ‘colocar dedo na ferida’ do Carrefour

Lideranças do agronegócio estão indignadas com a decisão do Carrefour de boicotar a carne do…

15 horas ago

Federação de Hotéis e Restaurantes de SP organiza boicote ao Carrefour

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) convocou empresários…

1 dia ago

Gol anuncia nova rota semanal entre Curitiba e Maringá

A Gol Linhas Aéreas anunciou o lançamento de uma nova rota que liga Curitiba (PR)…

1 dia ago

Governo de SP prevê R$ 1,3 bi em segurança viária para concessão da Nova Raposo

A concessão rodoviária do Lote Nova Raposo (São Paulo) vai a leilão na próxima quinta-feira,…

1 dia ago

Petróleo pode cair de US$ 5 a US$ 9 em 2025 com grande oferta e problemas da demanda

O preço do barril do petróleo tipo Brent tende a cair de US$ 5 a…

1 dia ago