A produção industrial do setor elétrico e eletrônico ainda acumula queda de 14,5% no ano, de janeiro a junho apesar da expansão de 19,9% na leitura mensal de junho contra maio, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Esse resultado decorreu tanto da queda de 15,5% da área eletrônica, quanto da retração de 13,6% da área elétrica.
O segmento de componentes eletrônicos foi o único de todo setor a apontar crescimento, atingindo 2,9% no período citado. Os demais itens eletrônicos apontaram quedas, tais como: equipamentos de comunicação (-18,8%), bens de informática (-18,7%), instrumentos de medida (-17,5%) e aparelhos para áudio e vídeo (-14,2%).
Na área elétrica, a maior taxa de retração foi registrada na produção de lâmpadas, de 25,8%, seguida de eletrodomésticos, 17,7%; de pilhas e baterias, 15,1%; de geradores, transformadores e motores, com recuo de 12,1% e de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica, 8,1%.
No caso de outros equipamentos elétricos não especificados anteriormente, a produção caiu 13,7%. Nesse segmento estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e eletrodos, escovas e outros artigos de carvão ou grafita para usos elétricos.
Segundo a Abinee, a média móvel anual da produção total da indústria eletroeletrônica vinha mostrando melhora nos últimos meses do ano passado, porém, piorou a partir de fevereiro de 2020.
“A retração desse indicador agravou-se a partir do mês de março em decorrência dos impactos negativos da pandemia da Covid-19, permanecendo em queda. Porém é importante ressaltar que no mês de junho a queda foi bem mais suave do que as registradas em abril e maio”, disse o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
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Por Francisco Carlos de Assis
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