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Bolsas de NY fecham em alta e Nasdaq renova máxima histórica com dados positivos

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda, 3, com o Nasdaq voltando a renovar recorde de fechamento. Investidores reagiram bem à divulgação de indicadores macroeconômicos que apontam para a recuperação da atividades, apesar das persistentes divergências entre democratas e republicanos nas negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais.

O índice Dow Jones encerrou com ganho 0,89%, a 26.664,40 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,72%, a 3.294,61 pontos. O Nasdaq terminou o pregão com avanço de 1,47%, a 10.902,80 pontos, no nível mais alta da história para o fechamento. O papel da Microsoft saltou 5,62%, em meio a especulações sobre possível compra do TikTok.

O popular aplicativo foi alçado ao centro das tensões entre Estados Unidos e China. A Casa Branca tem reiterado que a plataforma, que pertence à chinesa ByteDance, poderá ser usada como veículo de espionagem por Pequim, que nega as acusações. O presidente americano, Donald Trump, informou que, se não for vendida até o dia 15 de setembro, a rede será banida nos EUA.

À tarde, o republicano declarou que não se opõe a ideia de que a Microsoft compre o TikTok. A fala impulsionou a ação da companhia, que levou consigo os índices acionários. Wall Street, no entanto, já vinha de uma sessão positiva, repercutindo dados econômicos que apontam para a retomada, após um segundo trimestre catastrófico.

A IHS Markit informou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos EUA avançou de 49,8 em junho a 50,9 na leitura final de julho. Com isso, o dado voltou a estar acima da marca de 50, que marca expansão da atividade nessa pesquisa. Já o índice de atividade industrial do país, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago, subiu de 52,6 em junho para 54,2 em julho.

“A atividade manufatureira está aumentando fortemente após o contágio da covid-19 e as medidas para contê-lo levaram a uma queda acentuada na demanda, paralisações de fábricas e gargalos na cadeia de suprimentos”, explica o Credit Suisse, em relatório enviado a clientes.

Apesar do apetite por risco, os entraves nas negociações entre o governo dos EUA e lideranças democratas no Congresso seguem no radar. Hoje, após reunião com a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, o líder democrata no Senado, Chuck Schummer, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, revelou que progressos foram feitos, mas que ainda há muito trabalho a se fazer.

O principal ponto de divergências está no valor do benefício para desempregados, que a oposição quer manter em US$ 600. Governistas, contudo, apontam que isso pode desencorajar trabalhadores a voltarem a buscar emprego.

Por André Marinho

Estadão Conteúdo

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