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IBGE: grandes empresas mostram percepção de menor impacto negativo da pandemia

A pandemia do novo coronavírus tem afetado com mais intensidade as pequenas empresas do Brasil, enquanto que a situação entre as grandes empresas parece melhorar, avaliou Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A pesquisa pulso, em função da amostragem proporcional ao tamanho de empresas, tem maior incidência dos resultados estimados baseados nas informações das pequenas empresas. Quando a gente olha sob a perspectiva das grandes empresas, a percepção de diminuição das vendas ou do efeito negativo é menor. Em contrapartida, as dificuldades entre as pequenas ainda prevalecem, a percepção de impactos negativos é maior”, apontou Magheli.

“Pesquisas de desempenho acabam influenciadas pelas empresas maiores. A pesquisa pulso acaba influenciada pela população de empresas, empresas menores”, acrescentou Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE.

O País tinha cerca de 2,8 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho, sendo 62,4% afetadas negativamente pela pandemia em suas atividades. Os efeitos negativos atingiram 62,7% das empresas de pequeno porte, 46,3% das intermediárias e 50,5% das grandes.

Metade das empresas em atividade (50,7%) registraram queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia. Entre as pequenas empresas, 51,0% registraram perdas. Esse porcentual desceu a 39,1% entre as intermediárias e 32,8% entre as grandes companhias.

Das grandes empresas, 41,2% que relataram efeito pequeno ou inexistente da pandemia sobre as vendas. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do IBGE.

“São perguntas qualitativas, a gente não levanta dados quantitativos. Isso expressa uma observância da empresa”, explicou Magheli, lembrando que os resultados sobre o desempenho econômico serão captados nas pesquisas conjunturais mensais de comércio, indústria e serviços.

Magheli contou que a segunda rodada da pesquisa pulso focou na coleta de informações das empresas que já estavam abertas, conforme apurado na rodada anterior, portanto não apurou eventuais fechamentos ou reaberturas de companhias.

Por Daniela Amorim

Estadão Conteúdo

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