A Telefônica Brasil (VIVT3/VIVT4) apresentou nesta quarta-feira (29), antes da abertura dos mercados, o seu resultado do 2T20 e que, na nossa avaliação, foi mediano e dentro das expectativas do mercado. O impacto do cenário pandêmico nos números foi bastante limitado, reforçando a resiliência da companhia e do setor de telecomunicações.
O destaque negativo foi a receita líquida de R$ 9.944 milhões, o que representa uma queda 5,1% na comparação com o 2T19. A queda pode ser explicada principalmente ao desempenho ruim da receita de serviços móveis, que representam cerca de 66% da receita total.
Já o destaque positivo foi o controle sobre de custos e despesas da Vivo neste período, que apresentaram queda de 5,9% na comparação anual. Estes esforços geraram algum ganho de margem Ebitda, que fechou o trimestre em 39,8%, 0,6 ponto percentual a mais que no mesmo período do último ano. Além disso, os serviços de banda larga prestados por meio da tecnologia FTTH (fibra) também apresentaram um desempenho positivo e a sua receita avançou 48 por cento na comparação anual e 13% na comparação com o trimestre anterior.
Junto com seus resultados, a Vivo emitiu um fato relevante anunciando “a possibilidade de constituição de um veículo para construção e oferta de rede de fibra ótica neutra e independente para atacado”.
Por fim, ela também anunciou a abertura do programa de recompra de até 583.558 ações ordinárias e de 37.736.954 ações preferenciais, com data limite até 27/01/2021.
Os resultados da Vivo foram medianos e analistas esperam um impacto levemente negativo no preço das suas ações (VIVT4) na sessão desta quinta-feira (30).
No ano as ações da Vivo (VIVT4) recuam 8,1%, desempenho superior ao do Ibovespa que tem perdas de 10% em 2020.
A queda na receita líquida foi, principalmente, por conta do desempenho dos serviços móveis. Além da queda no número de acessos (já esperada devido aos números preliminares da Anatel), a receita média por usuário (ARPU) recuou 2,5% na comparação anual e 2,7% na comparação trimestral, fechando o período em R$ 49,9. É a pior receita média por usuário dos últimos anos.
Ademais, a venda de aparelhos, que representou 9,4% da receita móvel em 2019 (ou 6,5% da receita total) caiu 41% na comparação com 2T19. O número ruim já era esperado devido ao fechamento de boa parte das lojas Vivo em um período considerável do trimestre.
Na avaliação dos analistas, o mercado deve receber mal estes números e por isso é guardado um desempenho levemente negativo nesta quarta-feira (29). No entanto, a disputa pelos ativos móveis da Oi deverá ser um catalisador mais forte para as ações (VIVT4) no curto prazo.
O Ebitda fechou o trimestre em R$ 4.103 bilhões, uma queda de 3,8% na comparação anual devido à queda nas receitas e a contenção de custos insuficiente para compensar, embora tenha resultado ganho de margem de margem EBITDA para 40% no trimestre.
Já o lucro líquido recorrente fechou o período em R$ 1.113 bilhões, uma queda de 21,6% na comparação anual. O resultado foi impactado pelo maior gasto com depreciação em percentual da receita e uma alíquota efetiva de IR superior ao da base comparada.
O principal catalisador das ações da Vivo (VIVT4) e do setor de telecomunicações segue sendo as tratativas para compra do segmento móvel da Oi (OIBR3), novela que deve ganhar novos capítulos em breve.
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