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Governo precisa buscar soluções para problemas fiscais e sociais, diz Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou em entrevista por videoconferência ao jornal Diário de Pernambuco que o governo federal precisa buscar soluções para problemas fiscais e sociais. “Temos que buscar soluções que caibam dentro do espaço fiscal para que as pessoas continuem a participar do mercado de trabalho e tenham uma renda mínima para satisfazer parte das suas necessidades”, disse.

Para o vice, existe hoje no Palácio do Planalto a “exata compreensão” de que levará tempo para recuperar empregos formais perdidos em meio à crise econômica. “Um grande número de trabalhadores informais também levará tempo para se reconstruir”, completou.

No primeiro semestre do ano, o Brasil perdeu 1,198 milhão de vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na terça-feira, 28, pelo Ministério da Economia.

Questionado sobre a possibilidade de reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, Mourão respondeu que o trabalho que o governo federal vem realizando “dará bons frutos” e chefe de governo “chegará a 2022 extremamente competitivo”.

O vice apontou para o objetivo de solucionar “os dois grandes problemas econômicos” da busca pelo equilíbrio fiscal e da baixa produtividade. Ele mencionou ranking de 18 países em que o Brasil ocuparia a última posição. Mourão relatou que algumas agendas do governo federal “pararam” por causa da pandemia, mas a reforma tributária está sendo “retomada”.

“Ao mesmo tempo, temos que avançar na segurança pública, educação e saúde. São essas vertentes em que nosso governo tem de ser positivo para que não haja retorno de visão anterior”, disse ele, em referência à gestão por mais de 20 anos de governantes do PSDB e do PT.

Agenda ambiental

O vice-presidente afirmou ainda que o governo federal tem de fazer a sua parte no combate ao desmatamento na Amazônia para “deixar claro” que está “comprometido” com a agenda ambiental. Na sua visão, se isso se concretizar, “as pressões internacionais devem cessar”.

“Num primeiro momento, estamos atuando com medidas voltadas para a questão da proteção e preservação para impedir avanços das ilegalidades como desmatamento, queimadas e garimpo ilegal”, disse o vice, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal.

Mourão acrescentou que o governo está “buscando soluções que vão permitir desenvolvimento sustentável para aquela região, explorando a riqueza da biodiversidade amazônica”.

Por Elizabeth Lopes e Nicholas Shores

Estadão Conteúdo

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