Nos próximos dias, o DEM e o MDB devem deixar oficialmente o bloco do Centrão na Câmara, de olho nas eleições para a Presidência da Casa marcadas para fevereiro de 2021. As duas legendas já atuavam com certa independência, mas acompanhavam as decisões do seu líder, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL).
A decisão vem após divergências quanto à votação do Fundeb, ocorrida na semana passada. Lira tentou tirar de pauta a PEC, a pedido do governo, mas não teve sucesso e acabou irritando partidos como o DEM e o MDB. O requerimento para retirada de pauta é prerrogativa de líderes partidários e de blocos.
A estratégia do MDB e do DEM é buscar formar uma aliança, apadrinhada por Rodrigo Maia, para promover o candidato à presidência da Câmara. Partidos de oposição ao governo devem ser procurados pelas siglas. Hoje, DEM e MDB têm, juntos, 63 deputados na Câmara e o desembarque do Centrão é relevante para o tamanho do bloco de, aproximadamente, 220 deputados.
Anteriormente, siglas como PSL, PSDB e Republicanos já haviam deixado o Centrão para ter mais competitividade na disputa por relatorias e comissões relevantes na Câmara. PTB, Pros e Solidariedade também pensam na possibilidade de deixar o bloco com o objetivo de angariar um maior protagonismo nas negociações da Casa.
A saída de dois partidos de peso do Centrão cria mais dificuldades para Arthur Lira, que quer a cadeira presidencial da Câmara e tem o apoio do governo. O deputado já atua como líder informal do governo e está sempre alinhado às vontades do Planalto, tendo sido chave para consolidar essa nova aliança entre Executivo e Legislativo em 2020.
Ainda que as eleições estejam distantes, é fundamental acompanhar a movimentação dos partidos nestes próximos meses. Para o governo, uma vitória de um candidato pouco alinhado a sua agenda vai atrapalhar bastante o andamento das reformas. No curto prazo, porém, investidores não devem sentir nenhum efeito prático da saída de DEM e MDB do Centrão.
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