As notícias do fim de semana tinham tudo para fazer prever uma abertura em forte baixa nesta segunda-feira (27). Após ordenar o fechamento do consulado americano em Chengdu, o governo chinês acompanhou a saída forçada dos diplomatas e ocupou o prédio. Em termos diplomáticos, isso indica que as relações entre os dois países estão em seu pior nível em várias décadas. E quando as duas maiores economias do mundo não se entendem, todos sofrem – em especial o Brasil, que tem em China e Estados Unidos seus principais parceiros comerciais.
Além disso, diversos países da Ásia e a região semiautônoma de Hong Kong anunciaram novas medidas de fechamento da economia, devido a uma segunda onda de crescimento das contaminações pelo coronavírus, o que lança dúvidas sobre a recuperação econômica deste ano.
Apesar disso, o dia e a semana começam com os preços dos ativos em alta. Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 estão mostrando leves altas. E os pregões na Ásia e na Europa não mostram sinais de pânico por parte dos investidores. Por quê? Simples: na ponta do lápis, os fundamentos ainda sustentam o mercado em alta.
Os juros devem cair, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A expectativa do mercado é de mais um corte residual da taxa Selic, algo expresso no Boletim Focus. Além disso, os juros reais americanos deverão ficar ainda mais negativos, o que estimula o investimento em ações.
Assim, apesar do aumento dos fatores de risco conjuntural, é bastante provável supor que os investidores vão se ater ao que interessa, o resultado final de suas aplicações financeiras. Com juros tendendo a zero, ou mesmo negativos, os investidores serão bastante estimulados a correr os riscos do mercado acionário. Que, se bem compreendidos e cuidadosamente avaliados, podem ser manejados.
PIB
A edição mais recente do Boletim Focus, do Banco Central (BC), voltou a mostrar uma melhora nos prognósticos. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permanece negativa, com uma retração esperada de 5,77% neste ano. No entanto, esse resultado é melhor do que o retrocesso de 5,95% da semana anterior, e também é melhor do que a queda de 6,54% prevista há duas semanas.
O Focus também registrou uma expectativa de queda leve na inflação. O IPCA esperado para este ano retrocedeu para 1,67% ante 1,72% previsto na semana passada. E as projeções para o dólar e para os juros não mudaram. A taxa de câmbio prevista para dezembro segue em R$ 5,20, e a taxa referencial Selic prevista para o fim do ano permanece em 2%.
Indicadores
As expectativas para a economia permanecem subindo. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio (Icom) de julho subiu 1,7 ponto, passando de 84,4 para 86,1 pontos, registrando a terceira alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 8,3 pontos, depois de quatro quedas seguidas.
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