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Bolsas de NY fecham em alta, com otimismo por estímulos nos EUA e ações de techs

As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta segunda-feira, 27, com ganhos e o índice Nasdaq se destacou, em jornada positiva para os setores de tecnologia e serviços de comunicação, que compensaram a fraqueza dos bancos. A expectativa por estímulos à economia americana apoiou a tomada de risco, com os índices acionários também se recuperando após terem recuado na semana passada.

Com isso, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,43%, a 26.584,77 pontos, o Nasdaq subiu 1,67%, a 10.536,27 pontos, e o S&P 500 ganhou 0,74%, a 3.239,41 pontos.

Investidores têm apostado em papéis de tecnologia e serviços de comunicação, diante da expectativa de que esses setores possam resistir melhor às dificuldades com a pandemia da covid-19. Além disso, nesta semana importantes companhias do setor divulgam balanços, como Amazon, Facebook, Apple e Alphabet. Os papéis dessas empresas subiram hoje 1,54%, 1,21%, 2,37% e 1,41%, respectivamente, depois de terem recuado em sessões recentes.

A LPL Financial questiona em relatório se poderia haver uma bolha nas ações do setor de tecnologia em Nova York. Na opinião da corretora americana, de fato esses papéis têm dominado os ganhos, “mas essas companhias também estão dominando o crescimento no lucro, conforme a pandemia da covid-19 apenas tem intensificado sua liderança geral”.

Além disso, havia expectativa hoje por mais estímulos econômicos. Os republicanos no Senado e a Casa Branca negociam um pacote que, segundo autoridades, deve ficar em cerca de US$ 1 trilhão. Diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow detalhou algumas medidas almejadas pelo governo do presidente Donald Trump, como mais crédito para empregadores e um bônus para a reabertura de vagas de trabalho. Kudlow voltou a mostrar confiança em uma recuperação econômica rápida, em “V”.

“O rali das bolsas está meio sem fôlego. Eu acho que está faltando um catalisador, uma faísca nova positiva”, comentou ao Broadcast o analista Ilan Solot, do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH). O profissional reconhece que o pacote de estímulos nos EUA ajuda o humor do mercado, mas pondera que já estava, de certa forma, precificado. “Era mais um risco de não sair, aí seria um problema”, afirmou.

As tensões recentes entre Estados Unidos e China, assim como o avanço da covid-19, ficaram em segundo plano hoje. Em Nova York, porém, o setor financeiro mostrou fraqueza, na contramão dos ganhos majoritários. JPMorgan fechou em baixa de 1,40%, Citigroup caiu 0,74% e Bank of America, 0,86%.

Por Gabriel Bueno da Costa e Iander Porcella

Estadão Conteúdo

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