Economia

Conheça os 6 maiores mitos sobre Bitcoin

As taxas de juros seguem em queda ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Neste cenário, é comum o investidor buscar alternativas. Você já comprou ou conhece alguém que aposta em criptomoedas? Conhece as vantagens e os riscos?

De acordo com o COO da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, a falta de conhecimento pode afastar as pessoas desse tipo de investimento e contribuir para disseminar informações incorretas. Uma pesquisa recente da empresa de tecnologia americana ConsenSys aponta que Brasil registra o maior domínio de buscas pela palavra “Bitcoin” (88%) em relação a “Ethereum” (4%), “Criptomoedas” (1%) e “Blockchain” (7%).

Além do resultado do estudo representar um forte indício do interesse brasileiro por este mercado, ainda serve de estímulo para que as pessoas tenham acesso a uma educação financeira correta sobre o assunto. Confira abaixo os 6 principais mitos sobre Bitcoin, na avaliação do COO da BitcoinTrade.

1. Bitcoin não é rastreável

As transações com Bitcoins podem sim ser rastreadas. As técnicas para isso são as mesmas usadas para rastrear um e-mail ou outras informações digitais. Em todo caso, quem investe em Bitcoin em algum momento vai querer transformar suas criptos em moedas tradicionais, como dólar ou real. Para isso, a pessoa precisará ter uma conta em uma exchange (onde serão exigidos dados pessoais) e ainda terá de declarar este criptoativo para a Receita Federal.

2. Bitcoin é ilegal

Apesar de ainda não existir uma regulação específica para criptomoedas no Brasil, é incorreto dizer que a operação com Bitcoins é ilegal. A moeda pode ser inclusive usada como pagamento de vários produtos e serviços (como viagens, imóveis, jóias, diárias em hotels, ingressos para shows, roupas, entre outros) e ainda deve ser declarada no Imposto de Renda. Certamente, nem todos os estabelecimentos aceitam compras com Bitcoins, mas esta é uma tendência que tem ganhado cada vez mais a atenção do comércio.

3. Bitcoin é baseado em mera especulação

Assim como um metal precioso, o Bitcoin também é finito, pois sabemos que ele é limitado a 21 milhões de unidades. Não é à toa que a criptomoeda é chamada de “ouro digital”. Por isso mesmo, o valor do Bitcoin está vinculado a esta oferta e pode ainda sofrer alterações com base em fatores que não apenas especulação, como planos de regular a moeda digital, comentários de políticos sobre o assunto e a chegada de novos criptoativos no mercado, entre outros.

4. É necessário ter o valor inteiro de um Bitcoin para começar a investir

Na verdade, é possível começar a investir em porções pequenas de um Bitcoin. Cada corretora do mercado estipula o valor mínimo para realização de aplicações. Nesse sentido, geralmente é possível começar investindo com valores pequenos, de R$50 a R$100, que irá permitir que o usuário compre algumas frações de Bitcoin.

5. Investir em Bitcoin não é seguro

O Bitcoin funciona com base na tecnologia do blockchain, que é uma cadeia de blocos de informações na qual as transações são compiladas de forma criptografada, como em um “livro contábil” que registra os valores que são enviados e recebidos. Dessa maneira, esses dados ficam armazenados em várias “bibliotecas” diferentes, fazendo com que seja muito difícil apagá-las.

Para acessar um bloco, é necessário decifrar seu algoritmo e também o do bloco anterior, que precisaria do antecedente e assim em diante. O blockchain ainda é público, o que significa que todas as pessoas podem ter acesso às transações e também auditá-las.

A segurança da Rede Bitcoin ainda pode ser confirmada pelo fato de nunca ter sido hackeada desde sua criação, em 2009. Dados do blockchain ainda permitem afirmar que, atualmente, a criptomoeda é oito vezes mais poderosa em termos de segurança do que no final de 2017, quando o Bitcoin foi cotado em torno de US$ 20 mil.

6. Bitcoin é um esquema de pirâmide

Em um esquema de pirâmide, não há nenhum ativo envolvido e o dinheiro se acumula de acordo com a entrada de novos membros, que sustentam os ganhos dos mais antigos. O Bitcoin, por sua vez, funciona em uma lógica bem diferente. Trata-se de uma moeda virtual, com estoque finito com cotação altamente volátil, e que pode ser comprada e vendida, do mesmo modo que outras moedas no mundo.

Para investir com segurança em criptomoedas é importante estudar sobre o mercado, avaliar os riscos e procurar por uma corretora segura, que ajude a tirar dúvidas sobre o assunto.

Redação Mercado News

Recent Posts

Visões de Maria, estátuas que choram; veja novas regras do Vaticano para validar evento sobrenatural

O Vaticano revisou na sexta-feira, 17, o processo de avaliação de supostas visões da Virgem…

3 horas ago

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos mais críticos, diz diretora do Fed

A turbulência bancária ocorrida no ano passado nos Estados Unidos ilustra claramente que supervisores e…

7 horas ago

ABBC diz que redução no teto do consignado INSS prejudica bancos de menor porte

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) afirma que as reduções do teto dos juros do…

20 horas ago

Governo enviará MP para flexibilizar lei de licitações em casos de calamidade, diz ministra

A ministra da Gestão, Esther Dweck, anunciou que o governo federal enviará uma Medida Provisória…

20 horas ago

AGU parabeniza 3 Poderes por ‘alto nível de diálogo interinstitucional’ sobre desoneração

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, comemorou na rede social X (antigo…

20 horas ago

Consulta pública para projeto rodoviário da Nova Raposo recebe quase 2 mil contribuições

A consulta pública do projeto da rodovia Nova Raposo, em São Paulo, contou ao todo…

20 horas ago