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Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta com avanço de possível vacina

A maioria das bolsas da Europa fechou em alta nesta segunda-feira, 20, em meio a resultados promissores de pesquisas clínicas de possíveis vacinas contra o coronavírus. Os ganhos, no entanto, foram contidos pelo impasse nas negociações de líderes europeus pelo Fundo de Recuperação, que se estenderam por todo o final de semana e seguem nesta data em Bruxelas. O índice Stoxx 600 encerrou em alta de 0,75%, a 375,51 pontos.

A queda nas cotações do petróleo também impuseram um teto sobre as altas dos índices acionários no continente, conforme destaca o analista Pierre Veyret da ActivTrades. “Os índices europeus tiveram uma segunda-feira mista, com os setores financeiro e de energia pesando na maioria das referências, à medida que os traders se preparam para mais uma semana movimentada”, explicou.

Na Bolsa de Londres, o papel da BP caiu 1,97%, da Royal Dutch Shell perdeu 2,33% e da Total cedeu 0,80%. Por lá, o índice FTSE 100 teve baixa de 0,46%, a 6.261,52 pontos.

O mercado inglês, no entanto, destoou das demais praças europeias, onde o otimismo em relação ao desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus predominou nas mesas de negociações. Pela manhã, a Pfizer informou que os testes iniciais do imunizador que tem desenvolvido em parceria com a BioNTech tiveram conclusões promissoras. Já a Universidade de Oxford, junto com a AstraZeneca, disse que os mais de mil participantes da fase inicial de seu estudo desenvolveram resposta imunológica contra a covid-19.

Diante desse cenário, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,99%, a 13.046,92 pontos, enquanto o CAC, de Paris, subiu 0,47%, a 5.093,18 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,99%, a 20.621,48 pontos.

Investidores monitoram ainda a reunião de lideres da União Europeia que trata do Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros. Como mostra reportagem publicada no Broadcast, as conversas estão travadas por conta da resistência de Holanda, Suécia, Dinamarca e Áustria ao volume de subsídios aos países mais afetados pela pandemia. O grupo defende que o grosso do projeto seja constituído por empréstimos reembolsáveis. Já Espanha, Alemanha e Itália acreditam que os repasses diretos são essenciais para manter a unidade do bloco.

As negociações se estenderam por todo o final de semana e ainda ocorrem em Bruxelas. Em compasso de espera, o índice PSI 20, de Lisboa, ganhou 1,20%, a 4.533,49 pontos, na máxima do dia. Já em Madri, o Ibex 35 subiu 0,51%, a 7.478,00 pontos.

*Com informações da Dow Jones Newswires.

Por André Marinho*

Estadão Conteúdo

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