O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,7% da atividade econômica em maio, na comparação com abril, na análise da série dessazonalizada. No trimestre móvel, a atividade registrou retração de 10,5%, em comparação ao trimestre móvel findo em fevereiro. Na comparação interanual a economia retraiu 13,3% em maio e 9,4% no trimestre móvel findo em maio.
Após duas fortes retrações seguidas a economia voltou a apresentar variação positiva em maio. Da mesma forma, os principais componentes do PIB também mostram que as fortes retrações ocasionadas pelo isolamento social foram concentradas em março e abril, visto que, em maio, as três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) cresceram, assim como os principais componentes da demanda (consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo).
Apesar do crescimento de 0,7% frente a abril, ainda é cedo para afirmar que este resultado indica uma retomada da economia tendo em vista que falta ainda muito para recuperar a enorme perda acumulada de 13,9% registrada nos meses de março a abril deste ano. “Cabe ressaltar que a situação da economia é ainda muito frágil e mesmo com o crescimento observado em maio, a economia encontra-se em patamar 13,2% abaixo do que apresentava em fevereiro”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
A economia começou, em maio, a dar sinais de que o pior momento da crise econômica ocasionada pela pandemia de COVID-19 ocorreu em abril, quando a atividade econômica recuou 9,3%, em comparação a março. Os componentes do PIB que foram mais impactados pela atual crise também mostram trajetória semelhante de queda e ascensão. As atividades de outros serviços e a construção, entretanto, ainda caíram em maio, apesar de apresentarem taxas menos negativas do que as de abril (-0,9% e -1,5%, respectivamente).
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