Em apuração preliminar, com dados coletados entre 26 de junho e 9 de julho, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sinaliza uma queda de 7,3 pontos em julho, para 166,3 pontos. Após o terceiro mês em queda, o IIE-Br devolveria 46% da alta de 95,4 pontos observada no bimestre março-abril.
De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, após a terceira queda consecutiva, o nível do IIE-Br de julho se aproxima do nível de março, de 167,1 pontos, primeiro momento em que o País precisou forçar paralisações e iniciar o isolamento social para conter o avanço da pandemia.
Segundo ela, as dificuldades de se prever cenários para o futuro da economia continuam muito grandes, como reflete o componente de Expectativas, que, no nível apurado nesta prévia, recuperaria, até julho, apenas 7% da alta ocorrida entre março e maio.
“Uma queda mais acelerada da incerteza daqui para a frente dependerá da evolução pandemia no país e da velocidade de normalização das atividades econômicas e do apaziguamento das tensões políticas”, afirma.
O componente de Expectativa, recuou 5,6 pontos, para 222,4 pontos. Ambos os componentes ainda estão em patamares considerados extremamente elevados, com destaque para o de Expectativas, que permanece pelo quarto mês consecutivo acima dos 200 pontos.
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