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Frequência em clubes fica abaixo da permitida em SP

Depois de amargar vazios ao longo da semana, os clubes sociais ficaram mais cheios neste primeiro fim de semana após a reabertura. Os dias de sol, com temperaturas perto do 28 graus, e as medidas de prevenção contra o coronavírus deixaram as pistas de atletismo e as quadras de areia (únicas áreas liberadas) com mais sócios no sábado e no domingo. Os números, no entanto, ainda estão bem distantes do início do ano, antes da pandemia, e do limite permitido pela Prefeitura.

A tendência de aumento da frequência no fim de semana foi a mesma em clubes como Esporte Clube Pinheiros, Paineiras do Morumby e Hebraica, na zona oeste, ou em endereços mais populares, como Corinthians e Juventus, na zona leste. O Estadão acompanhou os momentos distintos dessa movimentação, desde quinta-feira até este domingo.

Depois de receber a média diária de 500 sócios ao longo da semana, os representantes da Hebraica estavam satisfeitos no sábado, quando 650 pessoas giraram as catracas. Neste domingo, o número passava de 766 às 15h. A procura também foi maior no Esporte Clube Pinheiros, na mesma região. O clube recebeu até 1,3 mil pessoas por dia ao longo da semana. No sábado, alcançou o recorde da semana: 1.731. Os dois clubes cobram mensalidades que oscilam entre R$ 450 nos planos individuais e ofereceram descontos na pandemia.

Em todos os casos, a frequência atual está distante do limite máximo exigido pela prefeitura, que se refere a 40% do público total estabelecido pelo alvará de funcionamento de cada clube. A Hebraica afirma que poderia receber em torno de 5 mil pessoas. No caso de Paineiras do Morumby, na zona sul, a conta é quase a mesma – e recebeu em torno de 400 ao longo da semana e o dobro neste fim de semana. O Pinheiros tem uma capacidade ainda maior, pois poderia receber cerca de 15 mil pessoas. “Estamos retomando aos poucos, mas a frequência tem sido menor do que a capacidade permitida pela Prefeitura para os clubes neste momento”, afirma Paulo Cesar Movizzo, também presidente do Sindi Clube (Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo).

Em função do receio de contaminação, os hábitos dos visitantes mudaram. Antes da pandemia, Nazaré Lande, de 65 anos, costumava passar boa parte do dia no Pinheiros. Corria, nadava, almoçava e encontrava os amigos. Desde terça-feira, a ex-triatleta já foi ao clube três vezes, mas reduziu o tempo de permanência por ali. “Eu sou do grupo de risco. Jogo (beach tennis) e vou embora. ”

Para acelerar a retomada, os diretores apostam na liberação de mais atividades esportivas – a abertura das academias e das piscinas externas, por exemplo, hoje. “Pode ser a salvação”, diz Antonio Ruiz Gonsalez, presidente do Juventus.

Por Gonçalo Junior

Estadão Conteúdo

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