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Com a compra de operações de Sulamérica, projeção da Allianz é faturar R$ 7 bi

Com a conclusão da compra das operações de automóveis e ramos elementares da SulAmérica, a Allianz projeta um faturamento total de R$ 7 bilhões no ano de 2020, ante R$ 3,3 bilhões no ano passado. Segundo o CEO da seguradora no Brasil, Eduard Folch, com a aquisição, 75% dos prêmios passam a ser originados pelo segmento de automóveis, com uma frota segurada de 2,6 milhões de unidades, das quais 1,6 milhão vindos da SulAmérica.

“Passamos a ser o segundo no ranking em seguros de automóveis, com aproximadamente 14% do mercado. E compramos não só a carteira, mas toda a operação, inclusive estrutura tecnológica e relação com corretores. São cerca de 1,7 mil funcionários da SulAmérica incorporados pela Allianz”, explica Folch. Este ano, entre janeiro e maio, a Allianz acumula prêmios em seguros de automóveis de R$ 833,6 milhões, aumento de 12,8% em relação ao mesmo período de 2019. Enquanto isso, o mercado em geral amarga queda de 7,5% na mesma base de comparação, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O executivo conta que haverá um processo gradual de troca da marca, tanto para os corretores quanto para os segurados. “Acreditamos que esse processo vai levar alguns meses”, afirma o CEO da Allianz. Folch ressalta que foram absorvidos muitos colaboradores da equipe comercial, para que os corretores não sintam uma mudança muito brusca.

No que diz respeito ao momento de crise por conta da pandemia de covid-19, Folch conta que dentro da Allianz, nas últimas semanas, já se verifica uma demanda semelhante àquela antes do início das medidas de restrições sociais. “De qualquer forma, esse é um investimento de longo prazo, e acreditamos em uma retomada mais forte da economia e do mercado segurador a partir de 2021”.

Seguro residencial

Em outros produtos dentro do segmento de ramos elementares, a Allianz passa a ser a primeira no ranking de seguro condomínio, somando mais de 100 mil contratos com pequenas e médias empresas, e 550 mil imóveis com seguro residencial. Este último produto é um dos que apresentam maior ritmo de crescimento dentro da Allianz. No ano passado, os prêmios cresceram quase 72% em relação a 2018 e, no acumulado até maio deste ano, houve um avanço de 41%. Em todo o mercado, segundo dados da Susep, o crescimento dos prêmios foi de 5,8% no ano passado, enquanto neste ano o produto registra queda acumulada de 5%.

Segundo Folch, ainda é grande o potencial de crescimento do seguro residencial no Brasil. “Este deveria ser o primeiro seguro adquirido pelas pessoas. Na Europa, já é um produto bem consolidado, presente entre 85% a 90% das casas”, explica.

Por Renato Carvalho

Estadão Conteúdo

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