Apesar da queda nos preços dos ativos no início da crise, os títulos públicos fecharam a primeira metade do ano com rentabilidade positiva. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o maior retorno ficou com as NTN-Bs de até cinco anos, representadas pelo IMA-B-5, com 3,17%. O IMA-Geral, que reflete todos os títulos públicos, somou 1,87% no período.
“Os impactos econômicos da pandemia em março contribuíram para a redução da taxa de juros, que já operava na mínima histórica. Esse movimento, combinado à redução da volatilidade em maio e junho, reverteu parte da desvalorização dos preços dos ativos e a maioria deles encerrou o semestre com retornos positivos”, explica Hilton Notini, gerente de Preços e Índices.
Os títulos com vencimento acima de cinco anos e indexados ao IPCA, representados pelo IMA-B 5+, chegaram a ter ganho de quase 6% entre abril e junho, mas encerraram o semestre com perda de 5,26%.”O baixo desempenho dos papéis com prazos maiores reflete a incerteza dos investidores em relação ao ambiente econômico de longo prazo”, comenta Hilton.
Os papéis pré-fixados também tiveram resultados positivos. O IRF-M, composto por LTNs e NTN-Fs, fechou o semestre com 4,86%. O subíndice com papéis de prazo maior que um ano, IRF-M 1+, rendeu 6,03% e o IRFM-1, com papéis com prazo inferior a um ano, fechou o período em 2,60%. O IMA-S, que reflete os títulos indexados à taxa Selic, teve rentabilidade de 1,72%.
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