Economia

Ibovespa pode voltar aos 100 mil pontos nesta quinta-feira

O pessimismo era generalizado no fim de abril deste ano. Havia muita incerteza sobre o impacto da pandemia sobre a economia. Mesmo profissionais tarimbados não se arriscavam a prever o futuro. Mas houve quem enxergasse na crise uma oportunidade para seguir investindo na renda variável. Nesta quinta-feira (9), é bastante provável que o Ibovespa rompa o nível dos 100 mil pontos, ainda que em um cenário de volatilidade.

O que mudou? Em primeiro lugar, os juros estão baixos, o que obriga o investidor a diversificar suas aplicações. Em segundo lugar, a cabeça do investidor está diferente das crises anteriores. Agora, mais e mais brasileiras e brasileiros veem na crise uma oportunidade para correr mais riscos e comprar ativos de qualidade a preços inacreditáveis, algo confirmado pela entidade que representa os gestores de fundos.

Os investidores voltaram a colocar dinheiro nos fundos. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que representa o setor, a captação líquida foi de alcançou R$ 50,1 bilhões no mês passado. Além do estímulo dos juros historicamente baixos, com a taxa referencial Selic a 2,25% ao ano, a Anbima informou ter notado uma mudança no comportamento dos investidores.

Nesta crise, o investidor brasileiro manteve as aplicações em fundos mais arriscados, como os fundos de ações e os multimercados. Os fundos de ações não apresentaram resgates líquidos em nenhum dos meses do primeiro semestre, embora as captações tenham desacelerado entre os meses de abril e de junho. Desde janeiro, esses fundos captaram R$ 49,5 bilhões líquidos. Os fundos multimercados captaram R$ 30,9 bilhões, ficando em segundo lugar.

Os juros baixos e a necessidade das famílias de fazer frente aos desafios da pandemia fizeram a saída de recursos dos fundos de renda fixa prosseguir. No semestre, os saques superaram as captações em 95,2 bilhões de reais.

Segundo Carlos André, vice-presidente da Anbima, outro motivo para a recuperação foi a volta das operações de mercado de capitais, com ofertas de ações e de dívida e o protagonismo do investidor local. Segundo ele, “a perspectiva que enxergamos é um retorno ao ciclo anterior, com a captação se recuperando e boa representatividade das classes ações e multimercados.”

Indicadores

Mais uma vez, o panorama do emprego nos Estados Unidos está melhor do que o esperado. O total de pedidos iniciais de seguro-desemprego (jobless claims) na semana encerrada no dia 4 de julho foi de 1,314 milhão, queda de 99 mil pedidos em relação à semana anterior. Foi um resultado melhor do que as expectativas, que previam 1,388 milhão de pedidos. Segundo o Departamento do Trabalho americano, o nível de desemprego está de 12,4%, uma queda de meio ponto percentual em relação à estimativa anterior.

Redação Mercado News

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