O ministro da Economia, Paulo Guedes, prefere discutir a desoneração da folha na reforma tributária. Promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, a implementação de uma desoneração ampla da folha enfrenta, no entanto, dificuldades por conta das restrições orçamentárias para bancar a retirada de encargos pagos hoje pelas empresas.
Para lideranças do Congresso, por trás do veto à prorrogação da desoneração da folha estaria a tentativa de Guedes de buscar ambiente político para a criação de um imposto sobre as transações digitais, nos moldes da antiga CPMF, como “salvação” de empregos depois da pandemia da covid-19.
Nos últimos dias, o ministro voltou a falar no tributo, ao defender que não haja a interdição do debate no Congresso. A proposta, porém, enfrenta forte resistência no Congresso.
Uma das alternativas é começar a fazer a desoneração da folha de forma gradual. A equipe econômica prepara um programa para desobrigar empresas de pagar impostos sobre a folha na contratação de jovens e pessoas que estão sem carteira assinada. Essa desoneração inicial poderia ser bancada com recursos do Sistema S. Assim, o governo avalia que ganharia tempo para trabalhar melhor no Congresso a possibilidade de emplacar a ideia do novo tributo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Adriana Fernandes
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