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BC tem perda de R$ 4,857 bi com swap cambial em junho

Após o ganho de R$ 3,538 bilhões com as operações de swap cambial em maio, o Banco Central registrou prejuízo de R$ 4,857 bilhões em junho com sua posição pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve prejuízo de R$ 3,451 bilhões, resultado que inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC obteve ainda um lucro de R$ 24,578 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no ano passado. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

Já o resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou positivo em R$ 20,526 bilhões em junho. O resultado das operações cambiais no período ficou positivo em R$ 17,076 bilhões.

Em julho, até o dia 3, o BC registrou lucro de R$ 4,084 bilhões em com sua posição pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve ganho de R$ 7,264 bilhões.

No acumulado de 2020 até 3 de julho, o prejuízo com swaps somou R$ 52,054 bilhões pelo resultado caixa e R$ 50,062 bilhões pelo competência. Já a rentabilidade das reservas internacionais ficou positiva em R$ 536,469 bilhões, com resultado líquido positivo de R$ 487,892 bilhões e operações cambiais também positivas de R$ 437,831 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Posição cambial líquida

A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 299,454 bilhões no dia 3 de julho, conforme dados divulgados nesta quarta, 8, pela instituição. No fim de dezembro de 2019, essa posição estava em US$ 327,801 bilhões e, em junho deste ano, em US$ 299,785 bilhões.

A posição traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise como a atual, por exemplo. Ela também leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por Fabrício de Castro

Estadão Conteúdo

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